segunda-feira, 11 de maio de 2009

STAR TREK - Reboot - continuação e refilmagem




Sou fanático por Star Trek. Acompanho a série desde meus 8 anos de idade, quando assisti ao primeiro filme "Star Trek : The Motion Pictures" em 1980. Cresci vendo a série clássica em várias emissoras de TV brasileira nos anos 80 e 90, acompanhei o nascimento da Nova Geração (uma excelente série) e um pouquinho das outras séries derivadas : Deep Space 9, Voyager e Enterprise. Parecia que a formula já estava se esgotando, pois o antigo produtor, Rick Berman, usou Star Trek como uma laranja que foi espremida e chupada até o pagaço. Participei ativamente durante os anos 90 de um fã clube aqui no Brasil, fui a várias convenções e conheci pessoalmente os atores que interpretaram Sulu, Checov e é claro, o meu preferido, Spock. Enfim, sou um Trekker a quase 30 anos.



nova Enterprise clássica



Não poderia ser diferente pois já estava bastante curioso com o lançamento do novo filme, agora nas mãos do mais famoso diretor Nerd da atualidade, J.J.Abrams, que criou séries de TV de grande sucesso como Felicity, Alias, Lost e Fringe. Nos ultimos anos, Abrams foi convidado por Tom Cruise para escrever e dirigir MI:3, que foi mediano e também produzir Cloverfield, um filme de monstro que é melhor que o Godzilla.


Tripulação : velhos personagens mas novos rostos



Para a nova Jornada, J.J.Abrams descidiu não contar mais o futuro da série, como foi feito até o filme 10 da franquia, mas resgatar o espírito do passado, com um filme sobre o ínicio da ação dos personagens clássicos que fizeram o sucesso dos fãs a 40 anos atrás. Mas, indo na ousadia de ter novos atores jovens para interpretar personagens que todos nós acostumamos com os atores orginais. Ousadia a parte, Abrams começou a planejar o que já havia acontecido anteriormente com o seriado Battlestar Galactica e com o que Chris Nolam fez com Batman. Um reboot na franquia.



Zachary Quinto : Mr.Spock


Mas, usando um pouco da genealidade de uma grande equipe e temendo a ira divina dos fãs tradicionais, os roteirista resolveram criar um reboot que fosse ao mesmo tempo: Reboot, refilmagem e continuação. Acho que isto nunca foi tentado antes em todo o cinema. E a ousadia foi bem vinda, pois Star Trek já está enchendo os bolsos da Paramount que já prepara uma trilogia com os mesmos personagens para os próximos anos. Também, a Paramount nunca antes investiu pesado em um filme de Star Trek, com efeitos do primeiro time da ILM de George Lucas, edição sonora de Ben Burt, um investiu que beirou algo em torno de US$ 150 Milhões e uma super campanha de marketing também jamais vista na história de Star Trek.



Chris Pine: Cap.James T. Kirk


Criar uma nova versão de um clássico é uma proposta perigosa. Por um lado, a produção tem a garantia de que já existe um público estabelecido. Por outro, há a certeza de que a primeira reação desse público será odiar tudo antes mesmo de ver o resultado. O canone de todas as séries e filmes anteriores foi mudado ? Sim. Foi. Mas...como o filme MUITO BEM EXPLICA, foi criada uma nova realidade altenativa, algo que as séries e filmes de Star Trek já mostraram no passado. Nero, o vilão, vem do canon original, na epoca de Picard, Data, Worf e volta no tempo, devido a uma singularidade do tempo e espaço, retornando mais de 120 anos no passado e alterando todo o canon estabelicido com a série clássica. Junto com ele, volta o Spock, de Leonard Nimoy, que tenta impedir Nero. Ao longo dos filmes, vários conceitos estabelecidos no passado, são destruidos e tudo agora parece novo. Está tudo "quase lá", mas de forma diferente. Kirk, rebelde sem causa, Spock lutando com seu lado humano/Vulcano, o Cap.Pike, os tripulantes Uhura (agora envolvida com Spock), Sulu (mestre em lutas), Checov (que só deveria aparecer após um ano de Kirk no comando), McCoy (este aqui está ótimo, hilário e rabugento como o original e já começa estranhar Spock) e Scott (que entrou na Enterprise pela porta dos fundos). A Enfermeira Chapel só é citada. Também temos citações sobre o Archer, capitão da Enterprise NX-01 do seriado Enterprise, que pelo canon, não foi alterado em nada, já que os eventos da chegada da nave de Nero, não alterou o passado, mas todo o futuro apartir daqui.



Eric Bana: O vilão romulano NERO

Para mim, J.J.Abrams fez o filme mais pelos fãs de Star Wars, do que pelos fãs de Star Trek. Sai a filosofia e aventura e entra a ação, uma dose de violência e muitos efeitos especiais. O tempo dirá se ele foi bem sucedido ou não. Vou sentir bastante saudades do canon anterior, mas já era hora de mudarmos de ares, que a nova jornada nas estrelas seja bem vinda.




Leonard Nimoy : o bom e velho SPOCK

No final, a tradicional narração da série, agora feita por Spock e o retorno da trilha original de Alexander Courage agora em forma revista e remixada completam o show. Após os créditos finais, Abrams ainda colocou um IN MEMORIAN A GENE RONDENBERRY E A MAJEL BARRET(que chegou a gravar a tradicional voz dos computadores da Enterprise, antes de falecer recentemente).


Filme 8 de 10

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