“Procura-se Susan
Desesperadamente”(Desperately Seeking Susan) foi um filme norte-americano de
1985, um drama-comédia dirigido por Susan Seidelman e estrelado
por Rosanna Arquette e Madonna. Passado em Nova York, o enredo
envolve a interação entre duas mulheres - uma dona de casa entediada e outra
que só quer diversão - ligadas por vários anúncios na coluna pessoal de um
jornal.Este foi o primeiro papel
importante na carreira de atriz de Madonna, que logo depois do filme viu a
carreira musical explodir em todo o mundo graças a música que ela canta no
filme "Into the Groove" , que posteriormente faria parte do
álbum de grande sucesso “Like a Virgin”, marcando o começo do domínio de
Madonna nas paradas internacionais e coroando ela como a nova "Rainha do
Pop" . Por causa da Madonna, o filme se tornou cult da década de 80,e o jornal The New York Times chegou a
colocar o filme entre os 10 melhores daquela década que rendeu no mundo todo
mais de 7 vezes em bilheterias o seu custo de produção.
O musical
Em 2007, “Procura-se Susan Desesperadamente” foi
transformado em uma peça de teatro fazendo sua estréia no West End de Londres
em outubro daquele ano, só que ao invés das músicas da trilha sonora original,
agora são as icônicas canções da banda Blondie que faziam parte do
repertório. O teatro escolhido para estréia em palcos londrinos foi o
Novello Theater.
Em 10 de julho de 2007, Debbie Harry e os também membros
do Blondie, Chris Stein e Clem Burke, compareceram a conferência de imprensa no
restaurante Sketch em Londres,Reino Unido para falar sobre o lançamento da peça
ao lado do elenco. O novo elenco incluiu a atriz Emma Williams (na época com 24
anos), encarnando Susan no musical, enquantoa atriz e cantora Kelly Price, que recentemente participou de "Guys
and dolls", foi convidada para encarnar a personagem Roberta Glass, uma jovem
dona de casa que fica fascinada pelo estilo de vida da personagem do título.
Membros do Blondie com o elenco londrino de "Procura-se Susan Desesperadamente"
Sobre o musical, seria dirigido por Angus Jackson,
baseado na ideia e roteiro do americano Peter Michael Marino, Debbie Harry, (a
época com 62 anos), disse ser "emocionante" participar de um musical
"despretensioso" e que "a história bate perfeitamente com as
letras". Segundo Debbie Harry: "Achei que (o musical)era uma ideia boa, verdadeiramente inteligente,
eu gostaria que, depois de Londres, o espetáculo fosse montado na
Broadway". O apoio de Debbie a peça, com o uso das famosas músicas
do Blondie, também é sentido com a inclusão de uma música inédita escrito por
ela especialmente para o musical e reiterou que a famosa música de Madonna,
"Into the Groove" não seria incluída na peça:“Nós não incluiremos isto . Eu escrevi uma
nova música para a produção, 'Moment Of Truth', mas não tenho certeza onde ela
entrará na história." Quando perguntada sobre uma colaboração entre ela e Madonna,
Debbie foi clara: “Não na minha opinião, não”. E sobre a participação da banda
ou dela na peça, ela também negou, apesar de apoiar totalmente: "Nós não
vamos subir no palco, mas nós estaremos bem na frente torcendo por eles",
finalizou Debbie com um grande sorriso no rosto.
Debbie Harry com as atrizes Emma Williams e Kelly Price
Segundo o produtor Mark Rubinstein, o espetáculo só teria
canções do Blondie porque seu objetivo é "refletir o mundo de antes de
Madonna, quando Debbie Harry e o Blondie triunfavam", já que ao contrário
do filme, de 1985, a idéia do musical é se passar em 1979 e começo dos anos
80: "A história é universal. É um
filme extravagante e nada convencional sobre mulheres inconformadas que mudam
suas vidas", acrescentou Susan Gallin, também produtora da peça e que
destacou que a equipe ficaria "encantada" de ter Madonna na platéia
na noite da estréia, programado para o dia 12 de outubro daquele ano.
Emma Williams e Kelly Price
Infelizmente a estréia para a imprensa não aconteceu na
data programada, em um comunicado emitido pela produção da peça em Londres :
"Devido às exigências técnicas do show, os produtores cancelaram as duas
primeiras prévias em 12 e 13 de outubro, mas acrescentaram uma nova
apresentação em 16 de outubro, para permitir mais tempo para os ensaios
técnicos no palco".
Rosanna Arquette chega para conferir a premier em Londres
A estreia oficial se deu apenas a partir do dia 15 de
Novembro, mas desta vez sem a presença de Debbie ou do Blondie. Apesar da
produtora Susan Gallindizer
anteriormente que se encantaria com a presença de Madonna também, apenas a
atriz original do filme, Rosanna Arquette foi conferi-la. Ela, que desde da
estreia do filme decidiu trabalhar apenas nos bastidores, com direção de
cinema, falou com a imprensa e afirmou que o musical " é muito divertido,
Me surpreendi! É inevitável pensarmos: como vão adaptar um filme ao teatro? Mas
aqui conseguiram uma obra divertida, que mistura dança com bons diálogos.”Sobre Madonna, Rosanna disse que “é
muito divertido ver como se desenvolveu com os anos”, e comentou que sua
carreira “explodiu” depois do filme.
Infelizmente, a crítica no dia seguinte foi implacável.
Nicholas Blincoe, crítico do jornal "The Guardian", escreveu que
" Se o prazer do teatro é a emoção da experiência ao vivo, há um
corolário: um desempenho doloroso é ainda mais horrível porque está acontecendo
bem ali, na sua frente."...e continuou o massacre: " Piruetas, saltos
e cliques nos dedos do West Side Story não combinam com o idioma punk...
Durante a primeira metade do show, meu constrangimento e desconforto
aumentaram. Os atores e bailarinos corriam de um lado para o outro, sorrisos
congelados em suas cabeças. Eu sorri de volta congelado. Pelo menos eu sabia,
eu só tinha que esperar chegar ao intervalo..."
Charles Spencer,crítico do jornal "The Telegraph", também não perdoou
..." Nenhuma dessas fantasias de pesadelo poderia ser muito pior do que
essa lição abjeta de cinismo do tipo "pegue o dinheiro e corra",
sempre que um número musical aparece, você fica coçando a cabeça, imaginando o
que a música tem a ver com o show. Ao mesmo tempo, Marino tem sido absurdamente
fiel ao roteiro sem brilho da imagem original, de modo que a ação permeia uma
sucessão de pequenas cenas desconexas, alarmantemente desprovidas de energia e
de ponto dramático...".
O massacre da crítica londrina seguiu ao desempenho
mediano nas bilheterias. O público não correspondeu a peça. Em 7 de dezembro,
após um mês em cartaz, a peça foi cancelada com um prejuizo de U$ 7 milhões por
causa do fracasso nas bilheterias. Os produtores de “Desperately Seeking Susan”
acabaram pedindo desculpas publicamente: "Os produtores desejam agradecer
ao elenco talentoso, equipe criativa e companhia por todo seu trabalho e
dedicação a esta produção. Apesar de performances fantásticas e audiências
entusiasmadas, as vendas de ingressos não foram suficientes e os produtores
tiveram que tomar a difícil decisão de fechar o show. "
O Fracasso
Posteriormente, Debbie Harry falou na biografia não
oficial do Blondie, "Vidas Paralelas" (Dick Porter):
"Apresentaram-me a ideia e o roteiro. E a minha primeira reação foi
'Blergh'. Não sou lá uma grande fã de teatro musical, que na verdade não faz
parte do meu mundo. Vi peças ao longo dos anos e uma das favoritas de todos os
tempos foi 'Guys and Dools', mas de maneira geral, não tenho muito
conhecimento. No entanto, quando sentei e li o roteiro, pensei sobre aquilo
tudo, com nossas músicas se encaixando, pensei, "É, isto parece bem
legal", e fiquei surpresa de verdade ao ver como funcionava bem. São dois
elementos ótimos, se juntando, e antes de qualquer coisa, é muito
divertido."
Sobre o criador e produtor Peter Michael Marino, Debbie
disse: "Ele é muito, muito doido. Ele adora Broadway e adora teatro
musical. Uma noite ele estava em sua casa assistindo ao filme "Procura-se
Susan Desesperadamente", tirou o som da TV e começou a tocar músicas do
Blondie em diferentes pontos do filme e pensou, "Uau, isto funciona de
verdade". Então ele escreveu tudo e compraram os direitos para montar a
peça."
Para o novaiorquino Peter Michael Marino as críticas
brutais, "Foram horríveis. Minha família tinha vindo para a estreia em
Londres e foi humilhante.Eu acabei
chorando todo voo de volta para casa. A experiência causou uma profunda
depressão - Eu não saí do meu apartamento por um ano e pensei seriamente em
fazer outra carreira ”. Marino disse que houve problemas durante a produção,
Joe Mantello, iria dirigir a peça, mas antes dos ensaios começarem, Mantello
foi substituído pelo diretor britânico Angus Jackson, enquanto durante o
período de pré-estréia foi indicado o “show doctor”, o coreógrafo britânico
Anthony Van Laast, que havia trabalhado no megahit Mamma Mia!
Em que ponto Marino suspeitou que estava indo mal? “No
primeiro ensaio eu iria participar - Angus me pediu para não ir nas primeiras
três semanas - eu senti que não era tão vibrante quanto eu tinha escrito. E os
produtores queriam algumas linhas alteradas porque achavam que o público de
Londres não entenderia. Por exemplo, em vez de se referir ao Lower East Side,
eles queriam "o Lower East Side de Nova York". Foi um musical de Nova
York, pelo amor de Deus!"
Uma série de discussões acaloradas e e-mails entre Marino
e os produtores seguiram, durante os quais ele descobriu muitas diferenças
culturais entre americanos e britânicos. "Somos conhecidos por sermos
grandes pessoas, mas acho que os ingleses não necessariamente dizem o que
querem dizer. Eu aprendi que "sim" significa apenas "eu ouvi
você", e silêncio significa "não". "Ele não se decepciona,
no entanto. "Eu era incrivelmente apaixonado no começo, mas acabei me
tornando um idiota."
Há rumores de que o diretor e o coreógrafo, Andy
Blankenbuehler, pulou fora e o elenco e a equipe criativa se dividiram em
vários campos à medida que as tensões aumentavam. Marino diz que ele mantem
ainda perto do elenco ("Eu ainda tenho amigos entre eles"), embora
ele tenha se assustado quando encontrou um aviso nos bastidores dizendo:
"Isso afundará como o Titanic". Marino diz secamente: "Eu sei
quem escreveu isso. Ele não foi convidado para a noite da imprensa".Mas o que ele acha que deu errado? “Um monte
de coisas. Mas não foi minha escolha reservar um teatro no West End
imediatamente - presumi que a cidade ficaria sem saber o que funcionava e o que
não funcionava. Eu confiei nos produtores por conhecer o West End melhor do que
eu."Sobre ter investido dinheiro
na peça e perdido dinheiro, ele foi claro sobre isto. "Graças a Deus,
não", diz ele. "Só minha alma".
Renascimento em Tóquio
Marino não desistiu facilmente, dois anos depois ele
reescreveu o material da peça (sem a interferência da produção londrina) e
conseguiu vender os direitos para uma importante companhia de teatro japonesa ,
a lendária Toho Company. Em janeiro de 2009, a peça reestreou agora com elenco
japonês no Theatre Creation de Tóquio e desta vez foi totalmente bem sucedido e
teve boas críticas no Japão. Ele traduziu o material e trabalhou com o
notáveldiretor japonês G2. Ele
conseguiu inclusive um bom retorno financeiro no extremo oriente com esta peça.
Marino que estava enfrentando uma grande depressão e tomando remédios para
isto, voltou totalmente revigorado de Tóquio. O público e a crítica havia
gostado. Ao voltar a NY, a primeira coisa que fez, foi jogar seus remédios
anti-depressivos fora. Isto deu uma nova confiança a ele.
Infelizmente, o Blondie não licenciou novamente as
músicas do show. Outro choque duro para Marino. Mas ele espera que eles possam
fazer isto no futuro e gostaria de ver a peça licenciada e executada em todo o
mundo. Ou nas escolas secundárias. Ou acampamentos de verão.
Procura-se Desesperadamente uma Saída...
A experiência negativa de Peter Michael Marino com o
musical "Procura-se Susan Desesperadamente", levoua um novo projeto na qual Marino faz uma performance
teatral na forma de um Stand Up comédia falando de suas experiências
fracassadas com a peça. Nada como rir da própria desgraça...Assim nasceu em
2012 , "Desperately Seeking the Exit" nome tirado de uma das severas
críticas que recebeu pelo musical.Durante a peça Marino conta todo o conto sórdido, desde o nascimento de
uma peça musical morta em Londres e vida após a morte bem-sucedida em Tóquio,
até o relacionamento do autor com Debbie Harry e a própria Madonna, contado como uma impiedosa disputa do ramo da
arte.
Peter começou a apresentar sua comédia solo com base em
sua experiência, em Nova York, Hollywood, Long Lake e Manchester, e depois no
Reino Unido. Recebeu críticas de 5 estrelas no Edinburgh Fringe 2012, onde foi
nomeado um dos “Top 5 Fringe Shows” pelo The Stage. Esta comédia solo
transferida para o Leicester Square Theatre em Londres para uma temporada de
quatro semanas de 2013, após as paradas em Brighton, Ft. Myers, Flórida e
Adelaide, Austrália - onde foi nomeada Melhor Comédia pelo Anunciante. O show teve
uma lotação esgotada no Edinburgh Fringe 2013 e foi nomeado Top 5 Solo Shows
pela Fringe Review e recebeu mais críticas de 4 estrelas. Em 2014, ele levou o
show para Nova Iorque e Orlando, com as apresentações finais na Filadélfia no
outono de 2014.
Em 2008, Marino ampliou o show, para celebrar os 10 anos
da peça original, ele convidou alguns integrantes da equipe e elenco original
da peça londrina para uma leitura sobre o fracasso da mesma no stad up ao vivo.
Marino postou no Soundcloud a trilha a sonora do show incluindo a música inédita "Moment Of Truth" (escrito por Debbie Harry, exclusivamente para a trilha).
No último dia 19 de março, diretamente do escritório do
Jornalista Lúcio Ribeiro da coluna Popload, foram anunciados online no Facebook
durante 3 horas as bandas e artistas que participarão da 6° edição do Popload
Festival, que acontecerá dia 15 de Novembro de 2018.
As surpresas foram muitas, já que este anúncio foi
realizado misteriosamente tocando os vinis e CDs completos dos artistas que
irão participar. Os primeiros nomes, não haviam muitas surpresas, MGMT , At the
Driver, Mallu Magalhães, Tim Bernades…só o povo mais indie que tem tocado no
festival mais indie do Brasil. Foi então que o Lúcio começou a armar uma
surpresa…luzes acesas foram colocadas a mesa onde estava tocando os discos,
como se fosse anunciar algo especial…começaram a anunciar a banda Letrux, …foi
quando o Lúcio começou a provocar suspense, após mais de 2 horas e 10 minutos
de transmissão ao vivo, ele saca um velho vinil e os primeiros acordes de
“Hanging on the Telephone” começam a tocar e ele logo apresenta a capa do vinil
de “Parallel Line” do Blondie, confirmando a banda no festival para a alegria
dos fãs de todo o Brasil que esperam a banda tocar no país pela primeira vez na
história. O último artista apresentado e line up do festival foi a Lorde.
Lúcio Ribeiro apresentando o LP do Blondie
Finalmente na sexta-feira dia 23 de março, a própria
banda anunciou em suas redes oficiais e atualizou a grade de shows, com a
apresentação em S.Paulo. Agora não tem volta. Blondie virá ao Brasil
finalmente!
O Blondie passa a confirmar como uma das principais
atrações, como co-headline do Popload Festival, que novamente ocorrerá no
Memorial da América Latina, no Bairro da Barra Funda em São Paulo.Esta é a primeira vez que a banda tocará no
país, mas não a primeira vez que o Blondie toca no continente ou a Debbie
Harry, sua co-fundadora e vocalista, visita nosso país. O Blondie esteve no
continente sul americano pela primeira vez em novembro de 2004, para
apresentações em Lima no Peru, Santiago no Chile e em Buenos Aires, na
Argentina, para o Festival Persona Fest. Na ocasião se falou muito em uma
possível performance no Tim Festival que acorreria na mesma época em S.Paulo no
Brasil, mas infelizmente, as negociações não avançaram, e muitos brasileiros
chegaram a ir para Buenos Aires para ver o show da banda. Uma nova oportunidade
no continente, só aconteceria cinco anos depois, em 2009, durante a turnê dos
30 anos do álbum “Parallel Line”. Mas apenas Santiago do Chile foi agraciado
com um show, que aconteceu no Pepsi Festival . Novamente o Brasil ficou apenas
na vontade. Em 2012, houve uma grande surpresa, Debbie Harry veio ao Brasil para participar do Baile da AmFair e na festa dos 37 anos da revistaVogue-Brasil. Um evento infelizmente privado e VIP, onde a bela chegou a fazer
uma capela de “Heart of Glass”, sem qualquer banda. Foi a ocasião que esta“Unidade de Carbono”, esteve rapidamente com ela na saída do hotel, para umrápido encontro, na qual ela prometeu um show no Brasil em pouco tempo. Algo
que finalmente irá acontecer !!!
O Blondie é uma banda icônica, com mais de 40 anos de estrada.
Esta banda de rock formada na cidade de Nova Iorque, em 1974, alcançou grande
popularidade no final dos anos 1970 e início dos anos 1980. Foram um dos
pioneiros nos gêneros musicais punk rock e new wave. Os seus dois primeiros
álbuns, o homônimo “Blondie”(76) e “Plastic Letters”(77), continham fortes
elementos desses gêneros, e, embora bem sucedido no Reino Unido e na Austrália,
Blondie foi considerado como uma banda underground nos Estados Unidos até o
lançamento de Parallel Lines em 1978. Ao longo dos próximos três
anos, com os álbuns “Eat to the Beat”(79) e “Autoamerica”(80), a banda alcançou
vários singles de sucesso incluindo "Call Me", "Atomic",
“Rapture”, “Tide is high” e "Heart of Glass" e tornou-se conhecido por
sua mistura eclética de estilos musicais que incorporam elementos
de disco, pop, rap e reggae, mantendo um estilo básico
como uma banda de new wave. Blondie se separou após o lançamento de seu sexto
álbum de estúdio “The Hunter” em 1982. Debbie Harry continuou em
carreira solo com resultados variados depois de tomar alguns anos para cuidar
de parceiro Chris Stein, que foi diagnosticado com pênfigo, uma
doença auto-imune rara da pele.
Chris Stein, Debbie Harry e Clem Burke são os membros originais do Blondie
A banda re-formada em 1997, alcançando sucesso renovado com o lançamento do álbum "No Exit" e
um single número um no Reino Unido com "Maria", em 1999, exatamente
20 anos após seu primeiro e único nº 1 na parada britânica, "Heart of
Glass". O grupo visitou e tocou em todo o mundo durante os anos seguintes,
e foi introduzido no Hall da Fama do Rock and Roll em 2006. Blondie já vendeu
50 milhões de discos em todo o mundo e ainda está ativo hoje. Conseguiram ainda
lançar o “The Curse of Blondie” em 2003, ainda mantiveram eles nas estrada.
Nono álbum de estúdio da banda, “Panic of Girls”, foi lançado em 2011, e seu
décimo, “Ghost of Download”, foi lançado em 2014. O último álbum, o décimo
primeiro, “Pollinator”, foi lançado em 2017 e tem surpreendido pela qualidade
de boas músicas, muitas em parcerias com gente como SIA, David Sitek do
TV on the Radio's, Johnny Marr, , Nick Valensi do The
Strokes, Charli XCX, Adam Johnston do YourMovieSucks.org, e Dev
Hynes, contado ainda participação especial de Laurie Anderson e Joan Jett.
O Blondie tem como os integrantes e fundadores originais, Debbie Harry (Vocal), Chris Stein (guitarra) e Clem Burke (bateria), completam a formação, Leigh Foxx(baixo), Matt Katz-Bohen (teclados) e Tommy Kessler
(guitarra).
Uma banda imperdível !!! O anúncio do Popload Festival já fez uma enorme corrida aos ingressos, fazendo com que as meia-entrada e os dois primeiros lotes, se esgotassem rápido. Ainda restam alguns poucos ingressos na pista premium e no terceiro lote !
SERVIÇO
POPLOAD FESTIVAL - 2018
DATA: 15 de novembro
LOCAL: Memorial da América Latina
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: A partir de 16 anos
desacompanhados. Menores entre 14 e 16 anos somente acompanhados de um
responsável legal. Proibida a entrada de menores de 14 anos.
PONTOS DE VENDA: Cine Joia @ Praça Carlos Gomes, 82
(próximo ao Metrô Sé e Liberdade). Funcionamento de segunda-feira a sexta-feira,
das 10h às 14h e das 15h às 18h
O engenheiro aeroespacial alemão
nacionalizado americano, Dr. Wernher von Braun (1912-1977), um dos homens mais influentes no
planejamento de missões espaciais, e que ajudou os EUA a colocar o homem na lua
através do Programa Apollo, também pode ter sido um profeta !!!
Em 1949, portanto quatro anos
após ter se rendido aos aliados com a derrota da Alemanha Nazista, na qual foi
um dos projetistas chefes do programa de misseis e pai da temíveis bombas
voadores V-2, escreveu o livro “Project MARS: A Technical Tale”, uma história
de ficção científica que narra as aventuras de uma missão tripulada ao planeta
vermelho.
Dr.Von Braun era um grande
entusiasta dos voos espaciais, e ao longo dos anos procurou através de livros,
documentários, entrevistas, passar a ideia ao público americano de que a
conquista do espaço seria um dos melhores caminhos para o desenvolvimento da
humanidade. Alguns anos depois, ele foi convidado pelo governo americano a ser
um dos principais cientistas chefes da recém-criada NASA, ajudando assim os
americanos assumirem a dianteira na corrida espacial frente aos soviéticos.
Dr. Wernher von Braun (1912-1977)
No livro “Project MARS: A Technical Tale”, repleto de
cálculos científicos, incluindo um apêndice técnico, menciona uma missão a
Marte formada por uma grande nave espacial, outras sete naves menores para
tripulantes e três naves médias para carga. O romance também descreve um
telescópio espacial em órbita que descobre que os canais em Marte são reais, o
que significa que o planeta pode ter vida. A novela também aponta que a missão
era possível porque o mundo da década de 1980 tinha um governo dominante depois
que os EUA derrotaram a Rússia na III Guerra Mundial. Claro, tudo obra de
ficção-científica. Mas o romance também incluiu muitas inovações que
eventualmente se tornaram realidade - células solares, dispositivos portáteis
para manobras nas caminhadas espaciais - ao descrever as viagens de foguetes em
detalhes precisos (de acordo com especialistas) e fala sobre os perigos dos
raios cósmicos para o corpo humano, como é na realidade.
Há uma passagem do livro que
diz: “Uma vez instalados, foi criado um governo marciano dirigido por dez
homens, cujo líder foi eleito por sufrágio universal durante cinco anos sob o
nome ou título de Elon. Duas casas do Parlamento decretaram as leis que regeriam
tanto Elon quanto seu gabinete”.
Trata-se, portanto, do futuro
que Wernher von Braun imaginou – um que inclui a colonização do planeta Marte
sob o comando de um homem chamado Elon. A pergunta que fica é se o fato é uma
mera coincidência, ou se, pelo contrário, poderia ser uma verdadeira
premonição.
Obviamente, que o Dr.Von Braun,
nunca tenha ouvido falar no empresário e milionário Elon Musk, proprietário de
uma das principais empresas privadas de lançamentos espaciais, a Space X. O
empresário nasceu na Africa do Sul em 1971, Von Braun faleceu em 1977. E mesmo
que a viagem do homem a marte, ainda pode levar ainda algumas décadas para
acontecer. Mas da onde Von Braun teria tirado o nome "Elon" ?
Elon Musk (1971 - )
O nome "Elon" tem
raízes bíblicas - no Antigo Testamento da Bíblia existem referências a três
homens e uma cidade com este nome. Em hebraico, significa "bosque de
carvalhos" e implica robustez. Von Braun usava um líder de governo
resistente como carvalho no livro para prever alguém que poderia ajudar a
plantar a primeira árvore em Marte? 'Elon' também é um nome africano que
significa "Deus me ama" e um nome afro-americano que significa
"espírito". Elon Musk nasceu em na África do Sul! Von Braun usou um
nome africano para prever um pioneiro africano de Marte?
Uma grande coincidência. Mas um
dos sonhos de Elon Musk é a colonização de Marte, a partir da década de 2020. Quem
sabe a profecia não se concretize um dia ?
Engraçado, a muitos anos tive uma ideia sobre um crossover
de Arquivo-X com Indiana Jones, pois as duas mitologias podem estar ligadas no
quesito mistério/misticismo. Agora que a Disney comprou a Fox, esta ideia já
não é mais impossível…
Entrevista com Ricardo A. Melo, autor da fan-fic “Arquivo X
- A Arca”.
P: Ricardo, pode falar um pouco sobre você e como se tornou
escritor ?
R: Primeiramente devo falar a todos que …não sou escritor.
Tirando redações e alguns textos de blog, não sou criador de estórias ou contos
em si, mas ao longo dos anos, após ver vários amigos (inclusive um primo já
falecido), se tornarem escritores, resolvi tirar esta ideia que tive da cabeça,
criar este conto e colocar no papel. E respondendo melhor a pergunta, sou um
jovem de 40 e poucos anos, Analista de TI, a quase vinte anos, interessado em
cultura pop em geral, que muitos chamam de cultura Nerd/Geek. Uma cultura que
cresceu bastante ultimamente inspirada nas séries de TV, quadrinhos, livros,
filmes e agora a internet.
P: O que te inspirou a fazer este conto sobre o Arquivo X e
com o Indiana Jones no meio ?
R: São duas estórias da cultura geek/nerd que sempre gostei,
“Arquivo X”, seriado que acompanhei religiosamente nos anos 90, com Indiana Jones, personagem de
cinema (e também TV e outras mídias), que acompanho desde que ele surgiu no
cinema com o filme “Caçadores da Arca Perdida”. Vou mais fundo, Indiana Jones
pra mim, é o maior personagem da história do cinema. O que me inspirou a fazer
este conto, foi levar o clima de mistério dos dois universos. Um vez eu havia
lido uma entrevista com o criador de Arquivo X, Chris Carter dizendo que sua
inspiração para se aventurar no mundo do entretenimento, foi o filme “Caçadores
da Arca Perdida”, além do mais em um episódio de Arquivo X, existe uma cena com
o Agente Mulder quase idêntica ao final de “Caçadores”. Em 2008, foi lançado o
último filme do Indiana Jones, “O Reino da Caveira de Cristal” e ficamos
sabendo que os grandes segredos dos EUA(incluindo a Arca da Aliança), estão
escondidos na famosa Área 51, lugar onde supostamente o governo americano
esconderia artefatos e peças relacionados a ufologia, incluindo os restos do
disco voador que supostamente caiu em Roswell nos anos 40. Deste então, surgiu esta ideia de ter o
Agente Mulder investigando isto com sua parceira Scully o que poderia contar
com a ajuda do Professor Jones, agora um senhor bem idoso com mais de 90 anos
de idade, igual ao mostrado na série “As Aventuras do Jovem Indiana Jones”,
exibido no Brasil na mesma época que Arquivo X também era exibido.
Scully e Mulder (Arquivo X)
P: Então é um crossover entre as duas séries ? Como isto
funciona ?
R: Não diria exatamente um crossover, mas um link quase
direto, pois em um determinado momento da estória Mulder e Scully deverão conhecer
melhor sobre a Arca da Aliança, objeto na qual o inimigo, “Canceroso”, também
está interessado, e a única pessoa no mundo que conheceu bem este objeto, foi o
Professor Jones. Como eu disse, as duas séries foram exibidas na TV, no mesmo
período, nos anos 90, mas o conto é uma estória Arquivo X com uma pitada de
Indiana Jones. No caso o Prof.Indiana Jones é um ancião, não o jovem do seriado
de TV ou a imagem do Harrison Ford do cinema. Indo mais fundo, eu diria que é
um conto fan fiction de “Arquivo X” com a participação especial do ancião Indy.
O velho Indiana Jones
P: A que recorreu para montar seu conto. Houve pesquisas ?
R: Sim, tive que escolher um período no tempo, na qual a
estória deveria passar, defini que poderia ser um conto entre a segunda com a
terceira temporada do seriado Arquivo X, pois queria incluir o personagem “Sr.
X”, o informante misterioso do Agente Mulder e
também o período que a primeira temporada de O Jovem Indiana Jones era
exibida na TV. Depois disto, defini no papel as ideias onde se passariam a
estória, na minha mente deveria ser em várias partes dos Estados Unidos, igual
a série de TV. Estudei cada um destes lugares, para ver localização de aeroportos, estradas, hotéis, lugarejos próximos. Também estudei um pouco a Defesa Americana,
para inclusão de personagens militares e assim como armamentos e veículos que
poderiam ser usados. E é claro, tive que estudar a personalidade de Mulder,
Scully, Canceroso, seus vícios, suas maneiras de falar, seus Hobbies… Tentei
passar tudo isto no conto.
P: Que recursos você usou montar seu conto, são apenas
textos ? Dividiu em capítulos ?
R: Como um conto, ele é basicamente texto, mas também
resolvi colocar ao longo deste conto, algumas imagens e fotos, para que o
leitor pudesse identificar a situação e ação descrita nos textos. Sobre os
capítulos, sim, houve uma divisão, com um prólogo no começo e um epílogo no
final, como se fosse um episódio de TV regular.
P: Como foi o processo de escrita, correção e lançamento do
mesmo ?
R: Tive a ideia do conto a mais de 10 anos, assim que os
primeiros trailers e imagens do quarto filme do Indiana Jones começara a
aparecer na mídia. Então comecei a escrever no notepad do Windows, o que seria
o inicio do conto, mas acabou que não tive a ideia de como desenvolver aquilo,
demorei algum tempo, foi só em 2016, que tive mais tempo para pensar um pouco e
comecei a retomar o conto. Fiz um estudo sobre a situação que os personagens
passariam a enfrentar . A maior dificuldade em bolar uma estória, não é começar
a mesma, mas uma forma de termina-la , chegar ao seu fim. Em se tratando de
Arquivo X, o fim nunca é o fim, como sabemos…(risos). Acabou que o conto ficou
com 50 paginas, e fiquei satisfeito com aquilo. Fiz revisão capítulo por
capítulo, usei revisor ortográfico, pois em matéria de Português, nunca foi meu
forte, sei fazer estória, mas escreve-la ainda é um problema. Mas antes de
colocar a mesma online, quero que alguns amigos façam uma revisão, então creio
que durante 2018, devo coloca-lo no ar nas comunidades que frequento no
Facebook e no meu blog:
P: Já procurou alguma produtora, editora ou site para lançar
seu conto ? Espera ganhar muito com ele ?
R: A resposta a esta pergunta é clara: NÃO !!! Não quero ganhar nada com ele, não
procurei ninguém e nem vou procurar , não espero ter lucro algum. Escrevi o
conto apenas porque sou fã dos personagens e surgiu esta ideia na cabeça. Vou postar em algumas comunidades e no meu
próprio blog, mas não quero ganhar nada com ele. Não tenho e não quero ter
qualquer direito sobre os personagens. Não fiz a estória apenas pra mim, mas
para todo mundo. Alguns irão gostar, outros não. Pra mim, será apenas mais uma
etapa. E nem tenho pretensões de ser escritor ou coisas do tipo.
P: Com a aquisição da Fox pela Disney em 2017, muda alguma
coisa ?
R: Interessante que isto permitiria a Disney, detentora dos
direitos do personagem Indiana Jones pela empresa Lucasfilm e a Fox, detentora
dos direitos de Arquivo X, passassem a ter o mesmo dono. Bom, já dei a ideia do
meu conto, eles podem fazer o que quiserem depois, pois são donos destas
franquias. Claro que não vejo nada multimídia nisto tipo um episódio ou filme, mas quem sabe um quadrinhos baseado. Existem vários crossovers que sugiram nos quadrinhos como "Alien X Predador", "Planeta dos Macacos x King Kong" e por ai vai.
P: Tem planos para escrever mais estórias , talvez outras
fan fictions ?
R: Sim, mas como eu disse, não quero ser escritor, é apenas
um Hobbie. Em verdade, ainda quero escrever uma estória sobre o seriado que
passei a admirar a pouco tempo, “Starlost”. Gostaria de fazer uma estória concluindo a série que nunca teve fim.
Eu tenho várias ideias sobre isto. Amaria fazer uma estória sobre
Sherlock Holmes, mas creio que não tenho uma capacidade mental para montar uma
estória tão complexa como é a mente de Sherlock. Talvez outra sobre Indiana
Jones, não sei…o céu é o limite. Gostaria de colaborar em contos e estórias de
amigos e amigas que tenham ideias legais também. Mas eu estou voltando a
dizer…Não sou escritor! (risos).
Em 04 de outubro de 1957, o mundo foi surpreendido por uma
notícia bombástica. A União Soviética lançava ao espaço, o primeiro satélite
espacial, o “Sputnik I” da base de Baikonur no Cazaquistão (a época, uma
república soviética). A notícia foi realmente um choque principalmente para os
Estados Unidos da América, que estavam dispostos a ter a supremacia da
tecnologia espacial neste período. URSS e EUA
viviam o período da Guerra Fria, na qual as duas super-potências
mundiais disputavam a hegemonia política , econômica e militar do mundo. Uma
guerra de palavras e fatos, nos quais as armas atômicas eram seus principais
meios de persuasão mundial .
Ao final da II Guerra Mundial, EUA e URSS, apareceram
como os grandes vencedores do conflito. Como aliados na Guerra, venceram a temível
Alemanha Nazista a custo de muitas vidas. Mas os dois países aliados no
conflito, eram opostos em doutrinas econômicas e políticas. EUA, representavam
o capitalismo e a URSS o comunismo. Após a II Guerra Mundial, eles dividiram o
mundo nestes dois blocos sempre em conflito de ideias. Os EUA lançaram as
bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki a fim de encerrar a guerra mundial
em agosto de 1945. Para surpresa dos americanos, os soviéticos testaram sua
primeira bomba atômica quatro anos depois, com informações roubadas dos
americanos. E desde então, os dois países passaram a travar esta guerra de
palavras e ideologias opostas, que ficamos conhecendo como Guerra Fria.
Sergei Korolev
Ainda durante a II Guerra, a Alemanha Nazista, vinha
desenvolvendo armas poderosas para poder usar no conflito mundial. Entre estas
armas, estavam o desenvolvimento de misseis balisticos, o mais mortal deles,
era o “V-2”, arma que foi jogada várias vezes sobre o Reino Unido. O
desenvolvimento destes foguetes de guerra estava a cargo do cientista alemão
Wernher von Braun (1912 -1977). Antes do fim da Guerra e vendo a aproximação
cada vez maior de tropas soviéticas e aliadas, Von Braun, junto com um grupo de
cientístas de sua equipe e vários de seus planos debaixo do braço, fugiram de
suas instalações nazistas e se entragaram as tropas americanas. Ao final da guerra, ele foi enviado com sua
equipe para os EUA onde passou a trabalhar para o governo americano no
desenvolvimento de seus próprios misseis com base no "V-2". Ao mesmo tempo que os soviéticos também
levaram para a URSS vários equipamentos e alguns técnicos, sob o comando de
Sergei Korolev(1907-1966).
Tanto americanos como soviéticos desenvolveram seus
foguetes e misseis com base nos estudos de Von Braun na Alemanha nazista e nos "V-2"
capturados.
Trabalhando em silêncio, os soviéticos liderados por
Korolev desenvolveram os misseis balísticos de ataque nuclear da URSS. O que os
soviéticos planejaram inicialmente foi a construção de um foguete de longo
alcance para o lançamento de bombas atômicas. Mas logo o Kremlin reconheceu que
lançar um satélite artificial causaria muito mais impacto do que apresentar ao
mundo um simples foguete. Korolev
recebeu a incumbência de montar o programa espacial soviético e o primeiro
passo deveria ser colocar em orbita um satélite espacial. Assim em 04 de
novembro de 1957 um foguete desenvolvido por Korolev, após ser lançado de
Baikonur no Cazaquistão, colocou em orbita o satélite artificial "Sputnik
I", através de um foguete propulsor "R7 Semyorka"(um míssil
balístico convertido a lançador de satélites).
O "Sputnik 1", era pequena esfera metálica de
58 centímetros de diâmetro e 83,6 quilos, circundava a Terra a uma distância
entre 200 e 900 quilômetros, demorando cerca de uma hora e meia para completar
uma elipse em torno do planeta. E emitia constantemente um bip para ser ouvido
em qualquer parte do mundo através de rádio
como uma foram de triunfo
simbólico da conquista do poder no espaço.
Lançamento do Sputnik I
O choque nos EUA perdurou anos. Os americanos passaram a
ver nos soviéticos uma ameaça à segurança de seu país, temendo que eles
pudessem lançar foguetes atômicos capazes de atingir os EUA.
O segundo choque não se fez esperar: já a 3 de novembro
do mesmo ano, os russos lançaram o Sputnik com a cadela Laika a bordo, o
primeiro ser vivo a circundar a Terra. Foi então que os americanos se viram
definitivamente ultrapassados pelos soviéticos.
O Kremlin tirou proveito político de seu sucesso na
corrida espacial, aumentando ainda mais sua influência sobre os Estados
satélites no Leste Europeu. E continuou investindo nas pesquisas, até o maior
de todos os golpes: a 12 de abril de 1961, foi para o espaço a primeira nave
espacial pilotada por um ser humano, o major soviético Yuri Gagarin.
Foi a gota d'água. Falando à nação no mesmo ano, o
presidente John F. Kennedy, estabeleceu a ambiciosa meta de levar um ser humano
à Lua até o fim daquela década.
Muitos anos se passariam até que o projeto se
concretizasse: a 21 de julho de 1969, Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar
na Lua. Os norte-americanos haviam recuperado terreno, 12 anos após o choque
causado pelo primeiro Sputnik.
O visionário diretor Steven Spielberg, que possui três
Oscars na bagagem (2 por diretor e um como produtor), é conhecido mundialmente
por suas fantasias, ficções-científicas e dramas históricos com vasto número de
efeitos especiais e temas sentimentais. Fascinado pelo espaço, Spielberg já
demonstrou isto em produções que exploram a possibilidade de existência de UFOs
e extra-terrestres como "Contatos Imediatos do 3° Grau"(1977),
"E.T. - O Extra-Terrestre"(1982), "A Guerra dos
Mundos"(2005) e "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal"
(2008).
Uma das marcas registradas do diretor, é inserir cenas de
estrelas cadentes em alguns de seus filmes e produções.
O fascínio do diretor por estrelas cadentes vem desde a infância, segundo a biografia ‘Steven Spielberg: A Biography’ de Joseph McBride, quando criança, seu pai Arnold Spielberg, durante a noite, inesperadamente o conduziu para fora da cama e colocou-o no carro para o que seria uma jornada decisiva. Seria a primeira vez que Steven testemunharia a beleza do espaço de primeira mão. Seria a primeira vez que ele viria uma chuva de meteoros de perto. Seria o ponto de partida para o seu interesse no espaço e seu uso de estrelas cadentes. O próprio Steve Spielberg relatou o evento:
"Eu não sabia o que estava acontecendo. Foi assustador. Minha mãe não estava comigo. Então pensei: 'O que está acontecendo aqui'? [Meu pai] tinha uma garrafa de café e trazia cobertores, e dirigimos por cerca de meia hora. Nós finalmente puxamos para o lado da estrada, e havia um par de pessoas, deitadas de costas, no meio da noite, olhando para o céu. Meu pai encontrou um lugar, espalhou o cobertor e nós dois nos deitamos.
Ele apontou para o céu e havia uma magnífica chuva de meteoro. Todos esses incríveis pontos de luz atravessavam o céu. Era uma exibição fenomenal, aparentemente anunciada antecipadamente pelo escritório meteorológico. Meu pai realmente me surpreendeu - Na verdade, ele estava com medo de mim! Ao mesmo tempo, no entanto, eu estava tremendamente atraído pela fonte, para o que estava causando isso ."
"TUBARÃO" (1975)
A primeira vez que isto ocorreu foi no filme "Tubarão"(Jaws) em 1975, em uma cena final na qual o personagem Chefe Martin Brody interpretado por Roy Scheider se prepara para enfrentar o terrível tubarão branco no seu barco "Orca". A cena foi gravada de manhã, e é possível ver em um determinado momento com o céu quase escuro, uma estrela cadente cortando a tela ao fundo. A cena foi rápida e... não foi proposital. Sim, não existe quaisquer efeitos especiais na cena, realmente quando estavam filmando a cena, uma estrela cadente apareceu na filmagem. Spielberg considerou aquilo como uma benção e passou a usar através de efeitos, as estrelas cadentes em vários de seus filmes.
CONTATOS IMEDIATOS DO 3° GRAU (1977)
Seu filme seguinte em 1977, "Contatos Imediatos do
3° Grau"( Close Encounters of the Third Kind), sobre o tema extra-terrestre e ufologia,
obviamente levou a uma nova cena com estrela cadente ao fundo da Devi's Tower,
antes do aparecimento da nave mãe.
INDIANA JONES E O TEMPLO DA PEDIÇÃO (1984)
Na única aventura do Indiana Jones em que uma estrela
cadente aparece, foi quando Indy(Harrison Ford) e Short Round discutem no alto
de um morro tendo a vila indiana de Mayapore ao fundo.
DE VOLTA PRA O FUTURO PARTE III (1990)
Não são apenas em alguns filmes dirigidos por Spielberg, mas também em suas produções, possivelmente uma homenagem do diretor do filme ao produtor Spielberg. Com foi o caso de “De Volta Para o Futuro III”(1990) dirigido por Robert Zemeckis. Em uma cena em que Doc Brown(Christopher Lloyd) e Clara Clayton(Mary Steenburgen) estão observando as estrelas e acabam se beijando é possível notar uma estrela cadente ao fundo.
Série britânica da ITV, produzida no final dos anos 60.
Criada e estrelada pelo ator Patrick McGoohan, a série narrava as aventuras de
um agente secreto inglês que, após se demitir do serviço secreto, é sequestrado
e levado para uma ilha conhecida apenas como A Vila. Lá ele encontra dezenas de
outras pessoas que não tem a menor ideia de como chegaram ali. Determinado a
descobrir o que está acontecendo, quem comanda a Vila e como escapar dela, o
agente, agora batizado pelos administradores como Número 6, precisa ainda
enfrentar as sessões de torturas psicológicas às quais é submetido para revelar
os motivos pelos quais pediu demissão. A Vila é comandada pelo Número 2, que se
altera de episódio para episódio, sendo também que suas identidades nunca são
reveladas. Para descobrir a principal informação que querem, o verdadeiro
motivo do agente ter pedido demissão, o Número 2 ordena uma série de ações
contra o Número 6, que inclui desde uso de drogas alucinógenas e roubo de
identidade até controle dos sonhos e coerção social. A Vila também possui um
sistema de defesa própria, na qual bolas gigantes, são usadas para perseguir
quem tenta fugir ou que vá contra as regras vigentes no lugar.
PRODUÇÃO:
A série foi uma ideia produzida em conjunto pelo ator
Patrick McGoohan e pelo escritor, roteirista e jornalista George Markstein. O
ator McGoohan, estava trabalhando em uma série sobre agente secreto chamada
"Danger Man" (entre 1960 a 1968), a espionagem estava em alta neste
período devido a Guerra Fria, tornando bastante popular ao público desde o
sucesso dos filmes do famoso agente James Bond-007. McGoohan, tinha o desejo de
sair da série e desde 1962 junto com o roteirista Markstein, já editavam o que
seria o plot principal de "O Prisioneiro". Junto com o produtor David
Tomblin, ambos escreveram o piloto da série, "The Arival" que foi
aprovado pela rede inglesa ITV. Markstein depois se instalou como editor de
roteiro da série. Mais tarde, ele descreveu o trabalho do editor de histórias
como "o homem-chave em qualquer série, ele é o homem em cujas mãos é o
ethos da série, o espírito da série, e é seu trabalho transmitir os escritores
e os autores de modo que um diretor dirija seus atores e as estrelas ".
Os detalhes exatos de quem criou quais aspectos do
programa são disputados; Crédito de opinião da maioria seria que McGoohan foi o
único criador da série. No entanto, um status de co-criador em disputa foi
posteriormente atribuído a Markstein depois de uma série de entrevistas de fãs
foram publicadas na década de 1980. O programa em si não possui "um criado
por". Isto gerou uma polêmica por anos sobre quem seria realmente o
verdadeiro criador da série.
Markestein queria uma série simples de ação, McGoohan
queria uma série intrincada, cheia de símbolos, sem explicação, deixando para o
público absorver e tentar entender seu significado. Quando Markestein defendeu
a idéia de dar um episódio final explicativo para o Prisioneiro, McGoohan se
opôs e a dupla se desfez, deixando McGoohan sozinho na produção da série. Além
de atuar, McGoohan também escreveu e dirigiu vários episódios.
Na opinião de McGoohan, ele não queria mais interpretar
um agente secreto a "la James Bond", que é expert em armas de fogo e
catador de mulheres. Pra ele, isto era bastante vazio. Ele pensou em outro tipo
de personagem, seu personagem deveria ser meio excêntrico, averso à violência,
utilizando o raciocínio para resolver seus casos, e tímido com as mulheres,
embora fingisse não ser. Isto já era um diferencial na sua série anterior,
"Danger Man", na qual chegou a brigar com os produtores para que se
realizassem mudanças do personagem neste sentido. Foi durante as filmagens do
seriado anterior, que McGoohan, conheceu o vilarejo-estancia gales de
Portmeirion, lugar que chamou bastante atenção do ator e onde se inspirou para
começar a escrever a série que depois seria "O Prisioneiro".
Tendo sido renovada para uma quarta temporada, agora a
cores, "Danger Man" iniciou a produção de seus primeiros episódios
quando Patrick McGoohan anunciou que não desejava mais estrelar a série. Em
troca, ofereceu "O Prisioneiro", que utilizaria a mesma equipe de
produção e seria exibida no lugar das aventuras do agente John Drake. Com a
série aprovada pela ITV e o início das filmagens agendados, com o vilarejo de
Portmeirion servindo de cenário, a produção apresentou o novo seriado à
imprensa inglesa.
Na apresentação da série à mídia, McGoohan apareceu preso
em uma jaula, confundindo os jornalistas presentes. A cada pergunta feita pelos
jornalistas, Patrick McGoohan respondia com outra pergunta, confundido ainda
mais o público presente que saiu dali sem saber direito do que se tratava a
série que eles deveriam divulgar.
McGoohan originalmente queria produzir apenas sete
episódios de "O Prisioneiro", mas Lew Grade,produtor da ITV
argumentou que mais shows eram necessários para que ele vendesse com sucesso a
série para a americana CBS. O número exato que foi acordado, juntamente com a
forma como a série terminou, é contestado por diferentes fontes. Segundo
algumas fontes a CBS estava disposta a bancar uma série com 26 episódios, mas
no final McGoohan só concordou com 17 episódios. Mas de acordo com "The
Prisoner: The Official Companion" para a série de TV clássica, ela deveria
ser executada por mais tempo, mas foi cancelada, obrigando McGoohan a escrever
o episódio final em apenas alguns dias.
A série estreiou na TV britânica em 29 de setembro de
1967 e seu último episódio foi ao ar no dia em 1° de Fevereiro de 1968.
A lista de episódios de "O Prisioneiro":
1)
Arrival
2) Free
For All
3) Dance
Of The Dead
4)
Checkmate
5) The
Chimes Of Big Ben
6) A, B
And C
7) The
General
8) The
Schizoid Man
9) Many
Happy Returns
10) It's Your Funeral
11) A
Change Of Mind
12)
Hammer Into Anvil
13) Do
Not Forsake Me Oh My Darling
14)
Living In Harmony
15) The
Girl Who Was Death
16) Once
Upon A Time
17) Fall
Out
A SÉRIE:
Algumas dúvidas são levantadas ao longo da série:
O personagem que representa o inimigo se apresenta como
“novo número 2”. Por que o novo número 2? Porque, durante a série o número é
trocado sistematicamente a cada episódio.
Há a pergunta “Quem é o número 1?”. Esta pergunta
percorrerá toda a série sendo o seu principal mistério.
Onde exatamente se
localiza a Vila?
O que aquelas
pessoas que vivem na Vila estão fazendo ali? Alguns são prisioneiros como o
número 6, outros podem ser infiltrados...
Qual foi o motivo
da demissão do agente antes de ser enviado para a Vila?
As tentativas de subversões contra a Vila ou seu sistema ou mesmo as fugas (impossíveis), eram punidas através de um sistema de auto-defesa do lugar chamado "Rover", que mais parecia uma bola branca gigante de borracha que perseguia e as vezes asfixiava os oponentes.
Entre as principais teorias ao longo dos anos feitos
pelos fãs da série se relaciona a verdadeira identidade do Número 6. Seu
verdadeiro nome nunca é revelado. Seria ele o espião protagonista da série
Danger Man, série anterior de Patrick McGoohan ? O próprio ator é silente a este respeito, sempre negando o
fato.
Existem ao longo do programa uma variedade grande de
citações bastante claras a outras obras de ficção como "Alice no País das
Maravilhas" e "Alice no Reino do Espelho" (num dos episódios há
um imenso jogo de Xadrez, e um dos personagens foi representado pelo mesmo ator
que representou o Chapeleiro Louco na versão televisiva do livro), O Processo
de Kafka (Patrick McGoohan fez uma ponta na versão de Orson Wells para o
cinema), o Gabinete do Dr Caligari. E que não poderia deixar de ser também, as
sociedades utópicas totalitárias presentes em livros como "1984" de
George Orwell ou "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley.
A série faz uso de tecnologias que só se tornaram
realidade muito tempo depois. Realidade virtual, técnicas de manipulação
psicológica (lembrando os pastores da TV de hoje), inteligência artificial,
controle mental através de drogas, transmutação de pensamento, etc.
Não podemos esquecer também uma crítica social que seria
a desumanização em frente à burocracia
estatal que reduz a pessoa a apenas um número em um banco de dados. O
protagonista sempre diz como lema :
"I am not a number, I am a free man!" (não sou um número, sou
um homem livre!).
O FINAL ENIGMÁTICO E AS CONSEQUÊNCIAS
O episódio "Fall Out", representou o fim da
série. Escrito e dirigido pelo próprio Patrick McGoohan, continuação direta do
anterior, " Once Upon A Time", na qual Número 2 tenta a todo custo
obter informações do Número 6, através de um método de regressão mental do
prisioneiro. Tentativas que acabam colocando a própria vida de seu algoz em
cheque no final. Finalmente no último episódio, o prisioneiro tem a
oportunidade de conhecer os subterrâneos da Vila em seus diferentes níveis, sendo
o nível mais baixo, onde encontrará finalmente o Número 1 e provocará uma
reação sem procedentes para o futuro de todos envolvidos. Uma verdadeira viagem
lisérgica e surrealista, com direito até a Beatles na trilha sonora.
O final enigmático e aberto da série, causou tanta
confusão que a rede ITV passou a receber inúmeros telefonemas indignados.
Patrick McGoohan teria sofrido inclusive ameças e pressões na própria casa com
os espectadores que não estavam contentes com o cancelamento do seriado, sem nenhuma
explicação.. "Eu ia ser linchado", McGoohan disse uma vez. "Eu
tive que me esconder nas montanhas por duas semanas".No começo dos anos
70, ele se mudou para a Suíça, e tornou-se mais recluso e não aceitando dar
entrevistas sobre o assunto...
CULTURA POP
"O Prisioneiro" teve curta duração no final dos
anos 60, mas por causa de reprises nos EUA uma década depois, ela passou a
atingir um status de cult. Livros, resenha, documentários , audio books, cards,
quadrinhos e várias outras coisas foram criados sobre ela. Ela também ajudou a
inspirar muita gente em especial diretores e roteiristas que fazem homenagens
ou paródios em outros filmes, cinemas e outros meios de mídia. Como por
exemplo:
A banda britânica de heavy metal, "IRON MADEN",
lançou a música "The Prisoner" no álbum "The Number of the
Beast" (1982) e " Back In The Village" no álbum
"Powerslave" uma homenagem a série. O início da música, podemos
escutar as palavras que o ator Patrick McGoohan diz junto com o número 2, na
abertura do programa.
No episódio " The Computer Wore Menace
Shoes" da 12° temporada do desenho
"Os Simpsons", produzido em 2000, o ator Patrick McGoohan foi
convidado para dublar a voz do "número 6" em uma estória na qual Bart
Simpson vai parar na Vila.
Isto só pra citar alguns, pois as referências são várias
em diversos programas, séries, filmes, músicas...
O diretor/produtor David Lynch, é um grande fã de "O
Prisioneiro", o seu famoso seriado "Twin Peaks", bebe muito da
fonte no quesito mistério . Ambas apresentavam uma similaridade muito grande,
onde o espectador via a maior parte da história, desde o ponto de vista do
protagonista, mas não conseguia compreender direito o que está se sucedendo.
Se a série introduziu a teoria de conspiração na TV,
também devemos lembrar do seriado "Arquivo X", nos anos 90, também
bebendo da mesma fonte. O que dizer do
produtor e diretor J.J.Abrams outro grande fã da série, que ao criar
"Alias", se inspirou muito na série, isto sem falar no seu maior
sucesso, "Lost", que praticamente 'chupa' várias ideias da série
sessentista e até mesmo "Fringe". Ron Moore, ao criar a nova versão
de "Galactica" para a televisão, deu o nome a personagem cylone,
"número 6", como inspiração ao personagem principal do seriado
"O Prisioneiro".
A série chegou até mesmo a ser teses em faculdades norte-americanas.
O que dizer então de filmes como The Truman Show(1998) ou
EDTV(1999) ?
Nos quadrinhos, na segunda metade dos anos 1970, a
editora americana Marvel Comics comprou os direitos para produzir uma série de
O Prisioneiro. A ideia inicial do projeto foi do escritor e então Editor-Chefe
Marv Wolfman, um apaixonado confesso pela série de TV. Isso deve ter acontecido
no final de 1975... A série deveria ser escrita por Steve Englehart e desenhada
por Gil Kane! No entanto, com a volta de Jack Kirby à Marvel para produzir uma
nova fase do Capitão América (que iria culminar no bicentenário da declaração
da independência dos EUA), além de 2001: A Space Odissey, Black Panther etc,
Stan Lee decidiu passar o projeto a ele. Uma história completa de 17 páginas
foi escrita e desenhada por Kirby em fevereiro de 1976. No entanto, antes que a
mesma fosse totalmente arte-finalizada e letrada por Mike Royer, o projeto
foi engavetado pelo próprio Lee. Recentemente, os manuscritos originais e não
acabados dos quadrinhos desenhados por Kirby, foram encontrados e levado a
leilão na internet. O seu comprador então resolveu escanear as páginas e colocar
online para todos lerem . A pouco tempo, o brasileiro Leandro Luigi Del Manto,
ex-editor da Globo e da Pandora Books e atual editor da Devir, traduziu e
letrou por conta própria em seu tempo livre, com o único objetivo de
compartilhar com outros fãs. O projeto, absolutamente sem fins lucrativos e com
o objetivo apenas de divulgação pode ser visto clicando-se aqui.
Entre 1988 a 1989, a mini-série "Shattered
Visage" em quadrinhos Graphic Novel baseado no seriado, escritas e
desenhadas por Dean Motter e Mark Askwith,
foi lançada como pela DC COMICS, e depois em edição completa em 1990.
Ele chegou ao Brasil no mesmo ano , como "O Prisioneiro". A estória
se passa 20 anos após a evacuação da Vila e o retorno do número 6.
REMAKE DE 2009
Por volta de 2005/2006, a BBC anunciou que um remake da
série “O Prisioneiro” estaria sendo preparado pelo canal britânico a cabo SKY
ONE, como uma mini-serie de 6 partes. O Diretor de Programa do canal prometeu
uma "reinvenção emocionante" do drama sobre um ex-agente secreto
preso em uma aldeia isolada. "Se Doctor Who definiu o padrão, O
Prisioneiro levantará o bar", disse ele.
O ator britânico Christoper Eccleston, recém-saído do seriado Doctor
Who, teria sido atachado ao projeto, como o novo "Número 6". "Este projeto sofreu um nível de atenção
sem precedentes, atraindo uma série de atores e escritores de primeiro
nível", disse a editora Elaine Pyke. A nova série será feita pela TV
Granada a partir de um roteiro de Bill Gallagher, escritor da premiada série
Clocking Off."O Prisioneiro é como a caixa de Pandora - é o thriller de
conspiração final", disse Damien Timmer, produtor executivo do show.
"Como 24, a nova série irá atrapalá-lo da cena de abertura. Esperamos que
ele toque o seguimento de culto existente deste icônico show, criando uma nova
geração de fãs".
Apenas em 2008, que novos detalhes do remake foram
divulgados na ComicCon San Diego daquele ano. Um avião-publicitário sobrevoou o
evento no céu de San Diego com a faixa "Procure o número 6".
Mas foi só na ComicCon San Diego de 2009, que foram
revelados os detalhes da nova série, incluindo um trailer de 9 minutos e um
painel de discussão com o elenco e
produção. A série foi exibida finalmente em 15 de novembro de 2009, nos States,
pelo canal AMC e no Reino Unido pela ITV. Apesar da chama e todo o marketing em
cima, ela dividiu opiniões entre os fãs.
No lugar de Patrick McGoohan, temos o ator Jim Caviezel (Paixão de
Cristo) e como número 2, o ator Sir Ian McKellen (O Senhor dos Aneis e X
Men). A mini-serie foi dividida em 6
capítulos e filmada na Namíbia, na costa da Africa. O ator Patrick McGoohan, foi convidado para
uma ponta no primeiro episódio, mas declinou. Segundo o produtor, ele chegou a
sugerir ser o "número 2" desta vez. Pouco antes do lançamento da
mini-serie, Patrick McGoohan faleceu em 13 de Janeiro de 2009 aos 80 anos .
Antes de apresentar esta minissérie, a AMC, transmitiu
todos os 17 episódios da série original de televisão. O remake recebeu uma
recepção dividida tanto do público como da crítica especializada. Alguns
gostaram do espetáculo e outros simplesmente a detestaram.
Episódios:
01 –
Arrival
02 –
Harmony
03 –
Anvil
04 –
Darling
05 –
Schizoid
06 –
Checkmate
UMA IMPROVÁVEL VERSÃO DE CINEMA...
Uma versão de cinema baseado no seriado original, tem
sido tentado a muitos anos. O próprio ator Patrick McGoohan já tentou lever a
estória para a tela grande sem sucesso.
A Polygram havia comprado os direitos da série e pretendia fazer um filme,
através de sua produtora subsidiária Propaganda. Como parte das negociações de
direitos originais, Patrick McGoohan tornou-se e Produtor Executivo e foi
comissionado para escrever o primeiro rascunho do roteiro por volta de
1996(nesta época, ele estava interessado que Mel Gibson fizesse o Número 6,
Patrick estava trabalhando como ator no filme de Mel, "Coração
Valente" como o tirano Rei da Inglaterra). Quando o rascunho foi entregue
(vários anos depois), PMG e Michael Kuhn (então chefe do Polygram) entraram em
uma briga pública sobre a natureza do projeto. PMG então se envolveu em outras
coisas e assumiu o banco de trás no desenvolvimento do filme de "O
Prisioneiro".
O diretor de filmes de ação Simon West (ConAir e Tomb
Rider), grande fã do seriado, se envolveu na produção de um remake para o
cinema,quando os direitos eram propriedade da produtora Propaganda(subsidiária
do grupo Polygram). Depois eles foram passados para a USA Films e finalmente
passados para a Universal Studios, após uma disputa com outros estúdios de
cinema. O projeto então passou a ser
supervisionado por volta de 1999, pela produtora U Prexy Kevin Misher. Quando ainda estava com os direitos do filme,
a produtora Propaganda decidiu não levar a cabo o script de McGoohan, mas sim,
criar um novo roteiro a cargo de Larry Konner e Mark Rosenthal.
West, disse que trabalhou repetidamente com Larry Konner
e Mark Rosenthal por vários anos para garantir que o filme não fosse apenas um
remake qualquer. Ele queria filmar já em 1999, assim que terminasse o filme
"A Filha do General" para a Paramount. Mas devido as constantes
mudanças dos direitos do filme, acabou esperando uma decisão que seria da
Universal Studios. Com a luz verde dada pela Universal as filmagens começariam
no final de 2000, nos estúdios Pinewood,na Inglaterra.West iria ajudar a
co-produzir o filme com sua produtora Wychwood Prods. A ideia de West, fã do seriado original, era
desenvolver a estória do filme por conta própria, baseado no livro
"Shelley's Garden", cujo roteiro Lloyd Fonvielle (A Mumia) estava
desenvolvendo para a Paramount . "Shelley's Garden", é baseado na avó
de Simon West, que teve um grande impacto na paixão do diretor pelo seriado
"O Prisioneiro", pois levava ele quando jovem a Portmeirion, lugar
das filmagens da série.
Segundo West: "Meu pai me mostrou a série no final
dos anos 60, e fiquei tão obcecado que, quando visitei minha avó no País de
Gales, a fiz dirigir comigo por quatro horas para o set ", disse West.
"Esta aldeia construída por Lord William Clough Reese Ellis no norte do
País de Gales que replicava esses edifícios da Itália. Aqui está essa mulher
que dificilmente poderia andar ou ver, e eu a fazia andar por esta aldeia
comigo uma e outra vez. Eu quero que seja tão radical como era a série na
época, com o tema de um homem lutando contra o sistema depois que ele cai no
buraco do coelho".
O que se sabe sobre esta versão final do roteiro de Larry
Konner e Mark Rosenthal, estava definido que a estória se passaria em futuro
próximo (definitivamente depois da Guerra Fria) e o Número 6 agora é americano,
trabalhando para algo como a CIA no campo antiterrorista. A Vila não seria em
Portmerion, mas outro lugar. O filme não seria apenas explosões e perseguições
de carro. Traria também uma boa dose de psicodélica original, truques
filosóficos e jogos de mentalidade psicológica que tornaram a série de TV tão
grande. Sobre o ator principal, não chegou a ser definido, mas se falavam muito
na época em Mel Gibson, fã do seriado original e amigo de Patrick McGoohan
(cujo o filme dirigido por Mel, "Coração Valente", ele tem o papel de
Rei da Inglaterra).
Por volta de 2000, chegou
a ser anunciado que o produtor Barry Mendel (O Sexto Sentido) estaria
assumindo a produção deste remake, com a contratação de Chris McQuarrie (Os
Suspeitos) como novo roteirista. West ainda estava anexado a direção do filme,
tendo Patrick McGoohan como Produtor Executivo . O produtor Mendel chegou a
dizer a imprensa nesta época que "Para mim, este projeto é uma grande
responsabilidade porque há um culto seguindo para a série. Com Simon West e
Chris McQuarrie vai ser um filme legal e comercial. Quando cheguei à Universal,
este era exatamente o tipo de filme que eu queria fazer. ''
Problemas no roteiro de Chris McQuarrie, que teve que ser
reescrito, levaram ao adiamento das filmagens em um ano (2001). Simon West
também esperava ao aval de Patrick McGoohan para o roteiro de McQuarrie,
inclusive para que o ator pudesse participar do filme atuando de alguma forma,
já que vivia recluso com a família em Los Angeles. Neste período, o ator Clive
Owen, chegou a ser cotado como novo "Número 6".
Apesar da vontade de Simon West em dirigir e produzir o
remake para o cinema, o projeto acabou não indo pra frente, e foi arquivado
pela Universal.
Notícias sobre um remake só foram aparecer por volta de
2006, quando foi anunciado que a Universal estava quase fechando um acordo com
o diretor Christopher Nolan (Batman Begin), para ele assumir a direção do
filme, agora com novos roteiros de Janet e David Peoples (Os 12 Macacos). Nolan
assumiria as filmagens assim que terminasse de filmar "Batman : The Dark
Knight" e teria produção de Scott Stuber, Mary Parent, Barry Mendel e Emma
Thomas. Durante uma entrevista para divulgar o seu primeiro filme do Batman, o
diretor falou sobre seu desejo em dirigir o novo filme. "O Prisioneiro é
algo que eu tenho interessado por muito tempo, e acho que descobriu a maneira
como abordaríamos isto. A relevância disso hoje. David e Janet Peoples são
fantásticos, quem sabe escreve coisas como
Blade Runner e Os 12 Macacos ... Todos os tipos de filmes excelentes.
Eles estão trabalhando no script agora. Eu não gostaria de falar sobre isto
então estou muito ansioso para ver o que eles inventaram. " Foi justamente neste período que a produção
da mini-série remake para a TV começou. Infelizmente em 2009, o produtor Barry
Mendel, disse em entrevista que Nolan acabou se desligando do projeto e
assumindo o filme "A Origem" no lugar. Mesmo assim, Mendel, não se
dava por vencido, pois achava que o roteiro escritpo por Janet e David Peoples
era brilhante. Mendel não achava que a mini-serie da Sky One poderia ser um
impecílio para a produção do filme para o cinema. Segundo ele: "A execução
dele [o filme] é tão diferente que eu acho que é irreconhecível, enquanto o
programa de TV é uma versão bem-feita e atualizada do show original, mas muito mais
fiel ao show original".
Novamente
demoraria mais um tempo, até que aparecessem novas notícias sobre uma versão de
cinema. Em janeiro de 2016, foi anunciado que a Universal estava sondando o
diretor Ridley Scott (Alien, Blade Runner), para que ele assumisse a direção do
filme. A coprodução seria da Bluegrass Films(produtores Scott Stuber e Dylan
Clark). Se Scott assinar o contrato, sua produtora, a Scott Free, deverá entrar
como coprodutora também. O novo roteiro esta a cargo de William Monahan (Os Infiltrados,
Cruzada).
PATRICK MCGOOHAN (1928 - 2009)
Patrick McGoohan nasceu em 1928 em Nova Iorque, Estados
Unidos. Ainda criança foi levado para a Irlanda por seus pais irlandeses pouco
depois e sete anos depois a família se instalou em Sheffield, no Reino Unido.
Na escola, ele era um grande boxeador e, depois de sair da escola com 16 anos,
trabalhou em uma fábrica de cordas, uma fazenda de frangos, como funcionário do
banco, um motorista de caminhão e um gerente de palco no Sheffield Repertory
Theatre. Embora ele nunca tenha considerado atuar, quando um dos atores ficou
doente no último momento, McGoohan ficou de pé e ficou convencido de que era o
que ele queria fazer com sua vida.
Uma mistura do arrojado, o perigoso e o moralmente
correto, McGoohan rapidamente começou a conquistar papéis principais, e com sua
aparência se tornou um favorito do público.
Foi representando em Sheffield que ele também se
apaixonou pela atriz Joan Drummond, a quem escreveu cartas de amor todos os
dias até que ela concordou em se casar com ele. Em 1951, eles se casaram e
tiveram três filhas. O casal ficou junto até o falecimento do ator em 2009.
Logo ele estrelou no West End, impressionando as críticas
com sua personagem do homem jovem e irritado, e os papéis de pouso, como o
padre acusado de ser gay em 'Serious Charge', 'Henrique V' no Old Vic e pouco
tempo depois interpretou um padre acusado de ser um homossexual na peça
“Serious Charge”, que impressionou o grande ator e diretor Orson Welles, que o
chamou para outras peças. Depois assinou um contrato com a produtora européia
Rank Organisation, onde apareceu em alguns filmes. Com a TV logo veio um chamando do chefe de ATV, Lew
Grade, que em 1960 lhe ofereceu o papel principal como um espião para o novo
seriado "Danger Man". O sucesso deste levou a outro, que escreveu,
produziu e ajudou a dirigir, "O Prisioneiro", da qual será sempre
lembrado. O sucesso fez dele uma das pessoas mais bem pagas do país.
Após a curta temporada de "O Prisioneiro", o
ator mudou para a família por um breve período para a Suiça no início dos anos
70, onde se tornou recluso por um período. McGoohan, que era um homem religioso
e profundamente moral, por isto recusou papéis de James Bond e do seriado
"O Santo" por achar os personagens vazios.
Foi para a Suiça com a família, mas depois se estabeleceu
nos Estados Unidos, morando em Los
Angeles, onde começou a trabalhar em Hollywood. Ele estrelou e dirigiu
episódios do seriado Columbo (pelo qual ganhou dois prêmios Emmy), também pode
ser visto em filmes como " Trinity e Seus Companheiros"(1975) com
Terence Hill, "O Expresso de Chicago" (1976) com Gene Wilder e Richard Pryor, "O Homem da máscara de
Ferro" (1977) com Richard Chamberlain," Alcatraz - Fuga
Impossível"(1979) com Clint Eastwood,
"Scanners - Sua Mente Pode Destruir"(1981) com direção de
David Cronenberg, " Coração
Valente" (1996) com Mel Gibson, "O Fantasma" (1996) com Billy
Zane e "Tempo de Matar" (1996).
Suas últimas atuações foram vozes para animações. Como o
famoso episódio de "Os Simpsons" em 2000, na qual retorna como
"Número 6" e na animação dos
estúdios Disney," Planeta do Tesouro" em 2002.
O ator faleceu em Los Angeles no dia 13 de janeiro de 2009, depois de uma curta
batalha contra uma doença. Seu corpo foi
cremado e as cinzas passadas a família. O ator deixou a esposa, três filhas,
cinco netos e um bisneto.
Com uma frase o ator definiu bem sua ligação com o
personagem mais famoso:
"Mel Gibson será sempre Mad Max e eu serei sempre o Número 6"
Profissional de TI, mais de 10 anos de vivência em informática. Tem como hobby assistir seriados de TV, ir ao cinema e namorar !!!).
Fã de Rock'n'Roll, música eletrônica setentista, ficção-científica e estudos relacionados a Astronáutica.
Quis ser astronauta, mas moro no Brasil...