sexta-feira, 26 de maio de 2023

Discografia completa revista - Led Zeppelin (1968 - 1980)

 



Começando o ano de 2023, com mais análises de discografia completas de bandas e rockstars famosos.

Led Zeppelin foi uma banda britânica de rock formada em Londres, em 1968. Consistia no guitarrista Jimmy Page, no vocalista Robert Plant, no baixista e tecladista John Paul Jones e no baterista John Bonham(1948-1980). Seu som pesado e violento de guitarra, enraizado no blues e música psicodélica de seus dois primeiros álbuns, é frequentemente reconhecido como um dos fundadores do heavy metal. Seu estilo foi inspirado em uma grande variedade de influências, incluindo a música folk, psicodélica e o blues.


Yardbirds

A origem do Led Zeppelin começou com outra banda que teve bastante relevância nos anos 60, The Yardbirds, do Reino Unido, com pegada no  blues-rock e teve várias formações, surgido em 1963 e ficou famosa por ter tido três dos melhores guitarristas de todos os tempos em sua formação, sucessivamente: Eric Clapton, Jimmy Page e Jeff Beck. Com vários problemas internos, em 1968, Jimmy Page formaria das cinzas o New Yardbirds, que passou a se chamar finalmente, Led Zeppelin. Recomendo que os ouvintes escutem uma coletânea do Yardbirds. O som é muito blues rock, e blues, com vários riffs de guitarra, mas as primeiras gravações, parecem muito datadas, típicas do início dos anos 60, meio Beatles/Rolling Stones, mas que aos poucos mudou a pegada mais jazz/blues e Rhythm and Blues, pois bebiam bastante nesta vertente, o que o velho e bom rock'n'roll não tenha se sobressaído nisto tudo. O uso de piano, saxofone, gaita, contrabaixo eram comuns nas gravações do grupo. Alguns destaques:  "For your love"  (primeira parada de sucesso do grupo), "Heart Full of Soul", "Shapes of Things" e "Over Under Sideways Down".



Led Zeppelin (
1969) - o álbum de estreia da banda britânica de rock Led Zeppelin, gravado em Londres. Lançado em uma época de muitas agitações culturais e sociais mundiais, como a chegada do homem a lua, direitos civis, luta contra o racismo e a Guerra do Vietnã.  Este álbum estabeleceu a difusão entre o blues e o rock. Muitas canções deste disco, tais como "Dazed and Confused", "Communication Breakdown" e "How Many More Times", apresentam um som pesado atípico na época de seu lançamento. A banda também criou um grande número de seguidores e devotados, com suas próprias canções de hard rock e som agradável; para eles uma parte da contracultura em ambos os lados do Atlântico. As músicas são bem variadas no estilo, o que causa bastante surpresa, é que entregam um álbum, onde todas as músicas são muito boas, bem construídas, compostas e principalmente tocadas. Os 4 membros se esforçam ao máximo para dar um grande álbum de rock, em uma época que Beatles, Stones, Pink Floyd e The Who, pareciam que dominariam sozinhos a cena. Led Zeppelin, aqui, está muito superior ao som que faziam no The Yardbirds, seus músicos já tinham bagagem musical e conseguem impor um ritmo que agrada em cheio crítica e público. Já nasceram grandes !!! O álbum de estreia fez o 6° lugar no Reino Unido e 10° nos EUA. Ganhou vários discos de platina dupla, diamante e ouro. Merecido.

Lez Zeppelin II
(1969) - O segundo álbum do Led Zeppelin, que passou a seguir a tradição de ser apenas nomeado com o nome da banda, foi lançado ainda no ano do primeiro álbum, com a diferença de 9 meses apenas. A gravadora Atlantic, sabia que a banda tinha muita coisa a oferecer e logo de cara antes do primeiro LP ter estourado, já botou os caras no estúdio para já tirar um segundo para ser lançado antes do final do ano. Em Led Zeppelin II os temas apresentados nas letras do álbum anterior foram mais elaboradas, fazendo com que esse trabalho tenha se tornado mais influente e amplamente aclamado que o seu antecessor. Com elementos de blues e da música folk, mostra também a evolução do estilo musical da banda, a partir do material proveniente dessas fontes, associado à sonoridade dos riffs de guitarra. É considerado o álbum mais pesado da banda E disco feito rápido não é bom ? Sim, é bom, mas ele se parece bastante com o primeiro álbum, o que não é uma coisa ruim, já que o primeiro foi um grande sucesso, mas achei que se for assim pra sempre, eles podem ficar comprometidos de não evoluírem como The Beatles ou Pink Floyd...As primeiras faixas deste álbum, parecem não oferecer muita novidade, além do velho e bom rock-blues que eles viam martelando a algum tempo, mas ao longo do disco, já verifica-se que ainda tem muito chão pela frente e melhorar ainda mais as composições...mas o que vc precisa ? Riffs sensacionais de Page, as batidas do baixo de Jones e bateria frenética de Bonham e é claro a inconfundível voz de Plant, sempre surpreendendo em seus graves e agudos. Deixa o som rolar... duas faixas me chamaram a atenção, "Thank You", música lenta, que conheci muitos anos depois como cover da banda Duran Duran (que ainda prefiro em detrimento da original) e "Moby Dick", uma faixa instrumental matadora, com um longo solo de batera do John Bonham. Ela é bastante reconhecível em shows e na mídia. Já em evidência deste o primeiro álbum, foi nº 1, nos dois lados do Atlântico (Reino Unido e EUA), e ainda na Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Alemanha, Paises Baixos, Espanha...Não dava pra dizer que a banda tinha qualquer dificuldade em agradar, mesmo com a concorrência pesada de outras bandas, mas neste cenário era os Beatles em fim de carreira e um Pink Floyd ainda experimental.



Led Zeppelin III (1970) - Terceiro álbum, lançado com um tempo mais de sobra pra gravar. Todos tinha uma certeza, os Beatles, já não existiam mais...o espaço estava livre para qualquer grupo ganhar as paradas de sucesso e havia muita gente boa ali...o Led Zeppelin, já era considerado um super grupo, os dois álbuns anteriores já deu prova que vieram pra ficar, então quando este terceiro álbum estreou, não restava mais dúvidas que aquela era realmente uma das bandas que iriam ganhar as paradas por muito tempo. Como no álbum anterior, o grupo evitou o uso de músicos convidados, com todas as músicas tocadas pelos membros da banda Robert Plant (vocais), Jimmy Page (guitarras), John Paul Jones (baixo, teclado) e John Bonham (bateria). A gama de instrumentos tocados foi bastante reforçada neste trabalho, com Jones especialmente emergindo como um multi-instrumentista talentoso, tocando uma ampla gama de instrumentos de teclado e cordas, incluindo vários sintetizadores, bandolim e contrabaixo, além de seu usual baixo. Como em álbuns anteriores, Page serviu como produtor. Supreendentemente, achei este o melhor álbum que os dois primeiros. Sim, era muito bom e evoluído, pois achei o segundo , uma tentativa de fazer quase a mesma coisa do primeiro. O álbum mostrou uma progressão do rock puro para a música acústica e o folk. Enquanto as influências do hard rock ainda estavam presentes, como em "Immigrant Song", canções acústicas como "Gallows Pole" e "That's the Way" mostraram que o Led Zeppelin era capaz de tocar diferentes estilos com sucesso. O grupo escreveu a maior parte do material sozinho, mas como em gravações anteriores, incluiu duas canções que eram reinterpretações de trabalhos anteriores: "Gallows Pole", baseada em uma popular canção tradicional inglesa, do cantor americano Fred Gerlach; e "Hats Off to (Roy) Harper", uma reformulação de uma canção de blues de Bukka White. A banda era muito mais que apenas hard rock e vamos lá...a influência do blues-rock é muito presente. Eles conseguem evoluir sem esquecer suas origens. Guitarra sempre afiada de Page, voz versátil de Plant e o resto da equipe , Jones e Bonham, em sintonia perfeita...Destaques aqui pra "Immigrant Song"  (repara na tentativa de Plant de imitar o Tarzan)...clássico e "Tangerine", uma lenta muito linda, baseada no blues...1° lugar no Reino Unido e Estados Unidos , além do Canadá, Nova Zelândia e Austrália. 


Led Zeppelin IV (1971) - Quarto disco, do Led Zeppelin, e confirmando que os caras não estão na música pra brincadeira. Praticamente entregando um álbum por ano, suficiente para desenvolver vários temas e afinar ainda mais a banda. E se o álbum anterior já mostrava que a banda estava afinada, o quarto álbum entregou tudo aquilo e muito mais, no que eu considero o melhor álbum da banda. E não é atoa, já que um dos clássicos imortais de todos os tempos do rock, "Stairway to Heaven", e ao mesmo tempo uma dádiva, mas também uma maldição para a banda, pois se tornou um hit, que toca até hoje, mas fazendo a banda rejeitar o mesmo e se negando a tocar em seus shows, mesmo para os artistas em sua carreira solo. O álbum começa muito quente com "Black Dog" e "Rock and Roll" , dois hard rocks potentes, que rivaliza com as melhores músicas deste gênero, segue "The Battle of Evermore"(uma referência ao livro O Senhor dos Anéis do  J. R. R. Tolkien), então vem o mega-hit  "Stairway to Heaven", uma música que é lenta ao estilo o folk rock,  e pesada ao mesmo tempo, gênero que depois seria explorado por outras bandas como Guns'n'Roses ou Queen, seguida de duas músicas bacanas mais baladas, "Misty Mountain Hop"  e "Four Sticks"  e finalizadas com "Going to California" , uma balada linda, que não conhecia e "When the Levee Breaks"  um blues rock de 7 minutos com o melhor dos 4 músicos do Led Zeppelin. Em geral, várias músicas ali estão ao estilo folk rock e  jazz rock com electric blues. Então temos um dos melhores álbuns de rock de todos os tempos, ao lado de Sgt Pepper's dos Beatles ou The Dark Side of the Moon do Pink Floyd.  Foi primeiro lugar no Reino Unido, Canadá e 2° lugar nos EUA, França e Japão. E com o tempo, se tornou um dos álbuns mais vendidos da história. 


Houses of the Holy (1973) - Quinto disco do Led Zeppelin, o primeiro com um título. Ele representa um ponto de viragem musical para Led Zeppelin, como eles começaram a usar mais camadas e técnicas de produção em gravar suas canções. Os riffs de guitarra se tornaram mais trabalhosos, com técnicas e influências do blues. Apresentam estilos não vistos nos álbuns anteriores da banda. Mas ao meu modo de ver, o álbum não começa exatamente como eu esperava. "The Song Remains the Same", tem  um começo inspirador...mas não consegue sair do lugar e a seguinte, "The Rain Song", são 7 minutos e 40, com o Led tentando soar um Beatles psicodélico, mas não conseguindo sair do lugar, preso em seu próprio...ego...mas as coisas começa a melhorar nas canções seguintes, para a alegria da galera...sim o bom e velho rock'n'roll sem enrolação estão presentes nas faixas : "Over the Hills and Far Away"  e "The Crunge" . Mas o ponto de virada, é "Dancing Days", possivelmente a melhor música do álbum. E outro destaque é D'yer Mak'er" , música que tem elementos e batidas reggae com uma pegada  hard rock, por sí só, é esplendido . E finalmente as duas músicas finais, "No Quarter", uma canção de 7 minutos, que poderia ser uma mistura das suítes do Pink Floyd com o estilo blues-rock do Led Zeppelin. Ela é muito bem construída. "The Ocean", a música que fecha o álbum, é o bom e velho Led Zeppelin que conhecemos dos outros discos, com um ótimo hard rock que se nota influências para futuras bandas como Iron Maden... Em geral, o álbum é bom, mas creio que após o LZ III e o excelente LZ IV, era difícil a banda fazer algo a altura. Fica devendo no começo, mas finaliza com músicas boas a seguir. Eu não consegui identificar nenhum clássico neste álbum, que tenha feito um sucesso maior. Sendo a banda que era no seu auge, qualquer coisa vendida bem, então foi fácil para banda atingir os primeiros lugares nos dois lados do Atlântico...e seguir o barco...


Physical Graffiti (1975) - Sexto álbum, praticamente com tempo de sobra de um ano para sair em turnê, gravar e fazer um bom planejamento de lançamento.  No caso agora, o Led Zeppelin, se dá o luxo de colocar álbum duplo no mercado ! Sendo o primeiro álbum editado pela Swan Song Records, a gravadora criada pelo grupo, após o fim do contrato com a Atlantic Records.Demonstra o máximo de suas habilidades, e o álbum aponta para vários estilos e influências. O álbum abre com duas faixas que são puro hard rock, "Custard Pie" e  "The Rover", já mostrando na cara, que não quer brincadeira, reparem nos riffs de Jimmy Page aqui e já passando por cima das críticas do álbum anterior. Segue então uma música que fecha o Lado A, ... "In My Time of Dying" de 11 minutos !!! Tipo..vamos ter que engolir outra "The Rain Song" que nem o álbum anterior ? Não, ela é surpreendente, muito bem tocada. A faixa foi gravada ao vivo, com Page posteriormente adicionando mais overdubs de slide guitar. O arranjo e a estruturação foram liderados por Bonham, que elaborou onde as várias seções de parada/início na faixa deveriam estar e como o grupo saberia onde voltar. O final da música apresenta sua tosse fora do microfone, fazendo com que o resto do grupo se desfaça nesse ponto. Bonham posteriormente gritou "Isso tem que ser o único, não é?", sentindo que era a melhor tomada. O Labo B abre com "Houses of the Holy", faixa que deveria estar no álbum anterior, que alias, é homônima, mas que tinha estrutura semelhante de "Dancing Days", e é um ótimo hard rock...Segue outra boa, "Trampled Under Foot" que podemos considerar uma faixa rock-funk de condução e fechando o Labo B, do primeiro disco, a fantástica e hoje clássica "Kashmir", mostrando que a banda também sabia fazer rock sinfônico, ao estilo do Pink Floyd, com a linda voz de Plant. 

Então passamos para o disco 2, começando com "In the Light", um bom exemplo do  rock progressivo, mostrando novamente a veracidade da banda.   "Bron-Yr-Aur" , é uma faixa com guitarra acústica totalmente Jimmy Page, parece parte de um projeto que ele tinha a algum tempo, ficou legalzinha. "Down by the Seaside"  é um soft-rock de praia...e "Ten Years Gone"  uma balada de amor, bem blues...e temos também a representação de um  country rock com "Night Flight". "The Wanton Song", é um hard rock construído a música em torno dos riffs. Já a linda "Boogie with Stu"  é um  rock 'n' roll acústico com uma pegada blues, na verdade,  uma jam session com o pianista dos Rolling Stones, Ian Stewart baseada na música de Ritchie Valens "Ooh My Head". Então o álbum finaliza com "Black Country Woman" um  rock'n'roll acústico bem bacana e "Sick Again" um hard rock dos bons, pra fechar... Então, sim, eles conseguiram fazer outro grande álbum, e um álbum duplo ao mesmo tempo, mostrando muita versalidade , boa música e química entre os 4 membros. Esta entre os melhores da banda, apesar de só conhecer "Kashmir", no meio de tudo aquilo, o resto é ótimo. Primeiro lugar no Reino Unido, EUA e várias partes do  mundo...


Presence
(1976) é o sétimo álbum de estúdio da banda britânica de rock Led Zeppelin, após o excelente álbum duplo o aclamado Physical Graffiti. Expectativas altas pra ver se a banda ainda conseguiria ficar no topo, com a grande concorrência no período. Realizado enquanto o vocalista Robert Plant, estava se recuperando de um acidente de carro, que o deixou algum tempo de cama. Os caras começam com o bom e eletrizante hard rock de 10:30, com um nível alto de complexidade, "Achilles Last Stand", ela começa com acordes acústicos de Page, e também finaliza com eles, mas a música é quase totalmente hard rock, com uma batida da bateria de Bonham simplesmente fenomenal sem mudar em nada nos 10 minutos e pouco da música. As outras duas faixas que fecham o Lado A, "For Your Life" e "Royal Orleans" , são dois hard rocks bons, diferentes entre si, mas bem executados, sendo que esta última é a única do álbum creditada por todos os 4 membros da banda e a letra fala sobre a vida na estrada. O Lado B, começa com "Nobody's Fault but Mine", que tem por volta dos 6:20 de música, bem construída. "Candy Store Rock"  é um hard rock mais leve e despretensioso. "Hots On for Nowhere"  tem outra pegada Hard rock e finalmente, "Tea for One"  é um blues com cara de jam session quase infinita de 9 minutos e tanto, onde o pessoal deixa o som rolar solto até finalizar a fita, mesmo assim, um blues muito bem construído e não repetitivo. O álbum não tem algum hit que eu lembre, como os outros, mas é um bom álbum, pra quem saiu quase de sua obra-prima anterior. Mesmo nas circunstâncias do acidente de Plant, os músicos trabalharam bem, e mandaram bala com música de boa qualidade. 1° lugar nos dois lados do Atlântico.


The Song Remains the Same
(1976) o próximo álbum do Led Zeppelin, foi lançado no segundo semestre de 76, e foi o primeiro álbum live da banda. Eles tinham condições para isto, já que seu repertório era grande, suas músicas conhecidas e tinham público cativo e naquele período, poderiam dizer que eram a Maior banda de rock do Mundo! O projeto é de um show gravado ao vivo em vídeo no Madison Square Garden, em Nova York, no ano de 1973. O filme foi para os cinemas, e o LP DUPLO da trilha sonora do show, foi lançado junto no ano de 1976. O álbum live, também serviu para dar um tempo para banda descansar de seus shows e gravações. O álbum show demonstra bem o motivo do Led Zeppelin, ser considerada uma das maiores bandas de todos os tempos, igual Beatles ou Pink Floyd, pois o que eles fazem ao vivo, chega até ser melhor que eles fizeram no estúdio. E aqui é uma boa demonstração, na qual Page e Bonham liberam seus solos de guitarra e bateria auxiliados da voz de Plant e baixo do Paul Jones, que parece que estão em uma jam session infinita...e bota infinita nisto...se acha que a versão de 10 minutos de "Stairway to Heaven" é algo fantástico, quero ver você falar a mesma coisa pra outras músicas ao vivo como "No Quarter"  (12 min),  "Moby Dick"  (12:47), "Whole Lotta Love" (13 min)...mas nada chega perto de "Dazed and Confused"  com seus mais de 26 minutos, incrivelmente todo o Labo B do disco 1...e só o Zeppelin pra fazer isto...mas é um álbum que não é pra todos os gostos, confesso. Ela começa com clássicos de duração pequena como "Rock and Roll"  , "Celebration Day"  e "The Song Remains the Same" , depois vem estas faixas mais longas e chegando quase ao infinito. Mas não deixa de ser um álbum bacana. 1° Lugar no Reino Unido e 2° nos States.



In Through the Out Door
(1979) - Oitavo álbum de estúdio. O álbum é marcado pela mistura de sons e ritmos trazidos de outros estilos musicais, como o country e o reggae. Marcado também pelo fato dos teclados e sintetizadores de John Paul Jones se sobressaírem além dos acordes de Jimmy Page que vivia uma crise artística graças ao vício em heroína. Um fato que marcou enormemente o lançamento do álbum, foi a edição com 6 capas diferentes: a cena no bar fotografada por 6 ângulos opostos. Foi o último álbum do baterista John Bonham, que morreria um ano depois em 1980, precipitando assim o fim do Led Zeppelin. O álbum com diferentes estilos ainda entre o bom e velho hard rock que eles ajudaram a criar a uma década passada. Ainda são reis, apesar de algumas melancolias em algumas musicas em especial o hit .Então começamos com "In the Evening" a faixa de abertura do álbum como "um épico completo", a fim de mostrar que o Led Zeppelin ainda pode fazer boa música. A faixa apresenta um contraste entre os riffs poderosos na parte principal da faixa, contra uma seção intermediária relativamente tranquila."South Bound Saurez" começa com uma "introdução de piano divertida" tocada por Jones;  a faixa evoca aquela sensação de um bar de Nova Orleans..."Fool in the Rain" foi uma tentativa de combinar um ritmo de samba com uma melodia de rock básica, resultando em uma polirritmia no meio da música. A ideia foi inspirada por Plant explicando que o grupo deve explorar um novo território musical para se manter atual. "Hot Dog" meio uma homenagem tentando evocar covers de Elvis Presley e e Ricky Nelson, uma espécie de rockabilly country . "Carouselambra" é uma faixa de dez minutos, dominada pelos teclados de Paul Jones e abrangendo uma variedade de estilos musicais com flerte até na música pop. "All My Love" foi composta por Plant em homenagem ao seu filho que havia falecido há pouco tempo, uma tragédia pessoal transformada em quase um hino. A música tocou horrores nas rádios e já criança, foi uma das primeiras coisas de rock que escutei na vida..."I'm Gonna Crawl" é um blues mais relaxado pra fechar o álbum...no fim, mais um espetáculo do Zeppelin e parecia que eles nunca irão sair do topo...então veio a morte Bonham por overdose... Primeiro lugar nas paradas do Reino Unido, EUA, Austrália, Canadá, Espanha...



CODA (1982) - Nono e último álbum do Led Zeppelin, praticamente um álbum póstumo, pois após a morte do baterista  John Bonham, a banda decidiu anunciar seu fim. Talvez este álbum tenha sido lançado para fechar o contrato que eles tinha ou uma homenagem. O álbum é formado por oito faixas, que são sobras de estúdio de várias gravações de 1970 até versões inéditas ao vivo. São oito faixas maravilhosas, bem executadas, mostrando o melhor que a banda tinha, mesmo sendo sobras, bem produzidas alias, e não podemos dizer que são migalhas, é uma despedida de classe para os fãs que acompanharam a banda ao longo dos anos. Analisando, temos três de sua fase de blues elefantino, três de seu canto de cisne não intencional - não são por onde começar a descobrir o porquê. Mas, apesar da falta de jeito calculada do início e das orquestrações incompletas do final, tudo aqui, exceto a John Bonham Drum Orchestra, convenceria uma parte desinteressada - um zé ninguém, digamos. Jimmy Page fornece um solo multiforme em "I Can't Quit You Baby" e riffs jumbo por toda parte. Presente de despedida honesto ! Não chegou totalmente as paradas, mas mesmo assim um 4° lugar no Reino Unido e 6° nos EUA, pra mostrar que finalizaram no TOP 10 nos dois lados do Atlântico.



Remasters
(1990)  é a primeira coletânea oficial da banda britânica de rock Led Zeppelin, com material selecionado pelo guitarrista Jimmy Page.Foi lançada em outubro de 1990 na Europa e nos Estados Unidos junto com o Boxed Set de quatro CDs intitulado Led Zeppelin'". O melhor do Led Zeppelin, ou o disco para iniciantes, seria um dos melhores títulos para ele. Só não tem músicas do CODA, que por si só, já seria uma coletâneas de faixas nunca lançadas, então Remasters, fica voltado a discografia entre 1969 a 1979. Um ótimo álbum duplo para conhecer o melhor de uma das melhores bandas de rock de todos os tempos. Destaques: "Black Dog" ,"Immigrant Song", "Dazed and Confused" , "Whole Lotta Love" , "Rock and Roll" , "Stairway to Heaven", "Kashmir" e "All My Love", são algumas da grandes músicas da banda, reunidas aqui e que frequentaram e ainda frequentam bastante as rádios ao longo dos anos. Top 10 no Reino Unido, 1° lugar na Austrália e apenas a 47º posição nos States, mesmo assim vendeu bem em outros lugares do mundo.


Epílogo:

Ao longo dos anos após a morte do baterista John Bonham em 1980 e seu fim oficial em 1981, cada um dos integrantes remanescentes, remanescentes John Paul Jones, Robert Plant e Jimmy Page, continuaram a brilhar em suas carreiras solos ou em colaborações com outros artistas (incluindo até entre eles), ao logo dos anos. Houve algumas tentativas de retorno, mas duraram apenas um show. 

Em 13 de julho de 1985, o trio reuniu-se para o concerto Live Aid, no JFK Stadium, em Filadélfia, tocando em uma curta apresentação com os bateristas Tony Thompson e Phil Collins e o baixista Paul Martinez. Collins havia contribuído nos dois primeiros álbuns solo de Plant, enquanto Martinez era um membro do Band of Joy. O desempenho foi prejudicado pela falta de ensaio com os dois bateristas, lutas de Page com uma guitarra fora de sintonia, monitores de mal funcionamento, e pela voz rouca de Plant. Page descreveu a performance como "muito caótica", enquanto Plant a caracterizou como uma "atrocidade"...sem chance pra um retorno definitivo.

Os três membros reuniram-se em 14 de maio de 1988, para o concerto do 40º aniversário da Atlantic Records, com o filho de John Bonham, Jason Bonham, na bateria. O resultado foi mais um desempenho desarticulado, depois de Plant e Page argumentarem imediatamente antes da entrada em cena sobre a possibilidade de tocar "Stairway to Heaven", e com a perda completa dos teclados de Jones na alimentação de televisão ao vivo. Page descreveu a performance como "uma grande decepção", e Plant disse que "o show foi podre".

Em 1995, os membros remanescentes da banda foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame nos Estados Unidos por Steven Tyler e Joe Perry do Aerosmith. Jason e Zoë Bonham também participaram, representando seu falecido pai. Na cerimônia de posse, o racha interno da banda se tornou aparente quando Jones brincou ao aceitar seu prêmio, "Obrigado, meus amigos, por finalmente lembrarem o meu número de telefone", causando consternação e olhares estranhos de Page e Plant. Posteriormente, eles tocaram num breve conjunto com Tyler e Perry, com Jason Bonham na bateria, e, em seguida, uma segunda vez com Neil Young, desta vez com Michael Lee tocando bateria.

Em 10 de setembro de 2007, os membros remanescentes da banda reuniram-se para o Ahmet Ertegun Tribute Concert na O2 Arena, em Londres, com Jason Bonham novamente no lugar de seu falecido pai na bateria. De acordo com o Guinness World Records 2009, eles estabeleceram o recorde mundial de "Maior Procura de Ingressos para um Concerto de Música", como 20 milhões de pedidos para o show de reunião foram prestados online. Críticos musicais elogiaram a performance da banda e houve especulações sobre uma reunião completa. Page, Jones e Jason Bonham relataram sobre estarem dispostos a uma turnê, e estavam trabalhando em material para um novo projeto do Led Zeppelin. Plant continuou seus compromissos de turnê com Alison Krauss,bafirmando em setembro de 2008 que ele não estaria gravando ou em turnê com a banda. Jones, Page e Bonham teriam procurado um substituto para Plant, considerando cantores incluindo Steven Tyler, e Myles Kennedy do Alter Bridge, mas em janeiro de 2009, foi confirmado que o projeto havia sido abandonado.

Bonus:

Celebration Day
(2007) -  é um filme-concerto e álbum ao vivo da banda britânica de rock Led Zeppelin, gravado no Tribute Concert Ahmet Ertegun em 10 de dezembro de 2007, na Arena O2 em Londres, Reino Unido. Praticamente o último show do Led Zeppelin ou...o show tributo dos remanescentes do Led Zeppelin, entendam como proferirem. Passados quase 30 anos, pode se dizer que os veteranos artistas, acompanhado por Jason Bonham (que substitui seu pai, de forma magistral), ainda continuam em uma pegada boa. Se as outras tentativas de reunião 88 e 95, não conseguiram por diferentes razões, fazer um show descente, este de 2007, no Arena  O2, eles chegam quase a perfeição. Um show perfeito feito na medida para os fãs, começando com "Good Times Bad Times", passando por clássicos como "Black Dog", "Dazed And Confused", "Stairway To Heaven","The Song Remains The Same", "Kashmir", "Whole Lotta Love" e fechando com "Rock And Roll", em um total de 16 faixas do melhor do rock, que ajudou a definir o hard rock no cenário mundial. Foi 4° lugar no Reino Unido e 9° lugar nos EUA, provando que ainda tinham folego depois de tanto tempo. Foram 1° lugar na Alemanha e Nova Zelândia. Vários discos de ouro e platina pelo mundo.


Conclusão: Led Zeppelin, não são superiores a The Beatles ou Pink Floyd(em minha opinião), na qual fiz análises anteriores, mas são um dos alicerces do rock, longe de serem experimentais ou seguirem tendências além do próprio rock, eles foram sim, bastante honestos na sua proposta de fazer música boa e muito rock'n'roll, sempre voltado nas raízes do blues e do rock original, criaram as bases do hard rock, mostraram o caminho para heavy metal e ainda tiveram tempo de fazerem baladas legais. Não criaram um álbum conceitual como Beatles ou Floyd, mas fizeram verdadeiros clássicos do rock. Sua influência chega a ser quase infinita nas bandas que vieram depois, só pra citar de exemplo: Queen, Nazareth, Aerosmith, Gun'n'Roses e atualmente os moleques do Greta Van Fleet. 

Nota para banda :  5 de 5

Nota para Composições: 4 de 5