quinta-feira, 3 de outubro de 2013

LITTLE BOOTS DISCOTHEQUE - Niceto Club - Buenos Aires - 31/08/2013



De férias na capital portenha, Buenos Aires e sabendo que a "Little Boots" estava fazendo show como parte da turnê sul-americana, que passou em Bogotá(Colômbia), Santiago(Chile) e Buenos Aires(Argentina) e que NÃO iria passar no Brasil, então não dava para perder esta chance, já que no ano passado, esta Unidade de Carbono, perdeu o show no Planeta Terra Festival (que ainda tinha a banda Garbage).

Lixo chamado MOX. 

Alguns fatores negativos a ida ao show: não era um show completo, mas um mixtape que junta performance ao vivo com set DJ já pré-programado, com o mínimo de pessoas da banda e poucos sintetizadores, o local, uma boate em Palermo (bairro boêmio de Buenos Aires) bem longe do hotel e um dos fatores principais, cansaço da chegada da viagem, horas antes do show, marcado para as 8 da noite.



E lá estava esta Unidade de Carbono andando solitário pelas "calles" portenhas, eis que surge uma galeria onde havia uma loja que chama a atenção. Era onde se vendia ingressos para diversos tipos de shows na cidade. O show da Little Boots custava...100 Pesos, em torno dos R$ 35,00 !!! Ingresso na mão, por volta das 5 da tarde. Próxima etapa, ir pro show.





Obviamente ainda deu tempo de voltar ao hotel, tomar banho e pegar um taxi. Este detalhe é importante falar. Taxi na Argentina é muito, mas muito barato. Olha que o lugar, Niceto Club, fica em um lugar bem afastado do centro, algo tipo do centro de S.Paulo a Ibirapuera, como comparação. Preço, apenas R$ 15,00 !!! Em outras palavras, custo benefício impossível de encontrar no Brasil. Um fato !



Depois de uma longa jornada, lá estava esta Unidade de Carbono adentrando no Niceto Club, um night club como muitos outros que existem por ai, talvez em São Paulo existam muitas deste tipo e até melhores que esta casa noturna. Ambiente fechado, esfumaçado, com um DJ comandando as pickups, com até o famoso globo de discoteca que costumam enfeitar as boates desde os anos 70.



Agora era hora de esperar, eram exatamente 8 da noite, enquanto a banda não vem, lá no meio da pista, eis que finalmente o DJ acerta e manda "Rapture" do Blondie...Então, começa o show...que não é da Little Boots. Lá se vai uns 40 minutos de chatura sem fim, comandados por uma banda eletrônica chamada MOX, mas que poderia se chamar facilmente de LIXO ! Um tiozinho deslocado, que usa um cinto de segurança de avião como cinto e uma vocal japonesa que canta como passarinho. Sem sacanagem, esta Unidade passou boa parte do show do Mox, com os ouvidos tampados no meio da pista. Só uma "botella" de Quilmes para agüentar tanta ruindade.



Mais uma espera de quase meia hora, as 10:20 PM, finalmente a Vicky deu ar da graça e o show do LITTLE BOOTS começou. O início, as cortinas fechadas, dava pra ver escrito o nome "LITTLE BOOTS DISCOTHEQUE". Acordes eletrônicos, introdução e a banda já solta "Stuck on repeat" para delírio da galera. Como o lugar era pequeno, houve uma verdadeira muvuca na frente do palco. E lá, no meio do minúsculo palco, Victoria Hesketh e seus dois comparsas, cada um em sua estação multimídia Apple com sintetizadores Roland fazendo as coisas acontecerem.



Show com a maioria das músicas do novo álbum "Nocturnes", com algumas faixas mais populares do aclamado álbum "Hands" (2009). Mesmo com quase tudo pré-programado como um set DJ, Victoria deu o ar da graça com sua voz e carisma, e em alguns momentos, desce da sua pick-up musical e fez questão de ficar perto do publico em frente ao palco, cantando com a galera. Apesar de ser de estatura pequena, ela tem um corpinho mion, pernocas lindas, graças ao curto vestido preto de lantejolas, que faz a alegria da turma do gargarejo. Em um dado momento, ela pega um segurança pela mão para segura-la e desce em uma área reservada aos fotógrafos e enquanto abraça alguns fãs e passa a exibir cartazes das mãos deles, nova muvuca na frente do palco.

fiu fiu...


Show curto, mas competente. Se fosse mais do álbum "Hands", seria ótimo, o ponto negativo foi uma versão remix de "Remedy", que acaba matando um pouco a música original. Paciência. No final, fãs gritavam "Botitas, botitas...". Mas "Victoriaaaaaa !!!" era nosso coro !

coisa linda !

"Esta canção vai para o Ricar..."...claro que não foi isto, mas bem que poderia.

Little Boots é a união de beleza triunfante, melodias cativantes e dança selvagem. Quem sabe a Little Boots não volta ao Brasil para cantar para os brazucas.





quarta-feira, 3 de julho de 2013

R.I.P. - RICHARD MATHESON (1926-2013)


É com grande pesar que publico a nota de falecimento de um grande escrito e roteirista de fantasia e ficção-científica, Richard Matheson:

Richard Matheson, um dos escritores de ficção e fantasia que mais contribuíram com roteiros para a série "Além da Imaginação", faleceu no domingo, dia 23 de junho, aos 87 anos de idade, de causas naturais.
A notícia foi divulgada por sua filha Ali Marie em sua página no Facebook e confirmada pelo Los Angeles Times. Em nota divulgada via editora Tor Book, Ali diz: ‘Meu querido pai faleceu ontem em casa, cercado pelas pessoas e coisas que ele amava. Ele era divertido, brilhante, amoroso, generoso, gentil, criativo e, acima de tudo, o pai mais maravilhoso do mundo. Sentirei sua falta e o amarei para sempre Pop. Sei que agora você está feliz e saudável, em um belo lugar repleto de amor e alegria, que você sempre soube que existia’.

Richard Burton Matheson nasceu no dia 20 de fevereiro de 1926 em Allendale, New Jersey. Filho de imigrantes noruegueses, Matheson cresceu no Brooklyn, em Nova Iorque. Formado em jornalismo, Matheson mudou-se para Los Angeles em 1951, pouco depois de publicar seu primeiro conto.

Enquanto construía uma carreira como escritor, Matheson começou a contribuir com roteiros para episódios de séries de TV. Entre elas, Procurado Vivo ou Morto, O Paladino da Justiça, Cheyenne, Impacto, Lawman, Combate, The Alfred Hitchcock Hour, Jornada nas Estrelas (serie clássica), A Garota da UNCLE, Enigma, Galeria do Terror, Histórias Fantásticas, Kolchack – Demônios da Noite e Histórias Maravilhosas.



Mas a série com a qual ele é mais associado é "Além da Imaginação” (Twilight Zone), para a qual ele contribuiu com dezesseis episódios entre 1959 e 1964. Entre eles, os clássicos Third From The Sun, Mute, A World of His Own, Nick of Time, The Invaders, Terror at 20,000 Feet (adaptado para o cinema) e Night Call, entre outros. Foi o roteirista que mais contribuiu com estórias depois do criador da série, Rod Serling.

Diversos de seus contos e romances foram levados para o cinema e televisão, por ele ou por outros roteiristas. Entre os filmes que trazem adaptações de sua obra ou roteiros assinados pelo próprio Matheson estão: Encurralado, Em Algum Lugar do Passado, Eu Sou a Lenda, Amor Além da Vida, O Incrível Homem que Encolheu, Ecos do Além, Visitantes na Noite, Tormenta da Noite, O Solar Maldito, A Mansão do Terror, O Insaciável Marquês de Sade, A Casa da Noite Eterna, A Caixa e Gigantes de Aço, entre outros.

Seu trabalho influenciou uma geração de escritores, roteiristas e produtores. Fã de Matheson, Chris Carter chegou a batizar um de seus personagens da série Arquivo X com seu nome. Na trama do seriado, sempre que o Agente Fox Mulder necessitava de informações governamentais recorria ao misterioso Senador Richard Matheson.

O escritor de terror Stephen King listou Matheson como uma de suas maiores influências e dedicou o romance "CELL" a ele.

O cineasta de terror, George A. Romero, também se disse influenciado pela primeira versão do filme "Eu sou a lenda", que serviu de inspiração para seu filme "A Volta dos mortos vivos" e outros filmes de zumbis.

A escritora Anne Rice disse que o conto de Matheson, "A Dress of White Silk", que ela leu em sua infância, foi uma das suas influências para começar a se interessar pelas estórias de vampiros e ficção-científica.


Em 1952, Matheson se casou com Ruth Ann Woodson, com quem teve quatro filhos, entre eles, os escritores e roteiristas Richard Christian Matheson, Ali Marie Matheson e Christopher Matheson.

Após sua morte, várias personalidades ofereceram homenagens à sua vida e obra. O cineasta Steven Spielberg (E.T. e Tubarão) disse que "A imaginação irônica e icônica de Richard Matheson ajudando a criar histórias seminais de ficção científica me deu a minha primeira oportunidade, quando escreveu o conto e roteiro de "Encurralado” (Duel). Seus roteiros de "Alem da Imaginação" estão entre os meus favoritos, recentemente ele trabalhou com a gente no "Gigantes de Aço” (Real Steel), produção da Dreamworks. Para mim, ele estará na mesma categoria que Bradbury e Asimov ."


Entre as colaboração de Matheson com Spielberg, além do roteiro de "Encurralado” (o primeiro telefilme que Spielberg dirigiu em 1972 e vencedor do Prêmio do Cinema Fantástico de Alvoriaz), estão o roteiro para o filme para o cinema de Além da Imaginação que recebeu o título no Brasil de "No Limite da Realidade", três roteiros para o seriado "Amazing Stories" e o recente filme "Gigantes de Aço".

Outro colaborador que expressou condolências públicas foi o cineasta Roger Corman "Richard Matheson foi um amigo próximo e um dos melhores roteiristas que eu já trabalhei. Eu sempre pegava a sua primeira versão. Eu vou sentir falta dele."



Para Jornada na Estrelas, a série clássica, ele escreveu o episódio "O Inimigo Interior" (The Enemy Within).

Matheson, ao contrário de muitos escritores de ficção-científica, era um espiritualista e acreditava na vida após a morte, tema presente em dois filmes que ele roteirizou, "Em algum lugar do passado" e "Amor além da vida".

MISSÃO CUMPRIDA !!! VOLTE AO PAI ETERNO, MATHESON. EVOLUTION SEMPRE !!!


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Mistério da morte de Gagarin é desvendado 45 anos depois ?

Independente de onde tenha vindo, Yuri Gagarin foi um herói mundial, por ter sido o primeiro homem no espaço. Infelizmente, sua morte em um acidente aéreo a 45 anos atrás, sempre foi um mistério, e parece que finalmente começa a ser desvendado. Pena que a URSS e a Rússia tenha demorado anos para admitir este erro. Evolution Gagarin !!!

Ultima foto de Gagarin preparando para o treinamento em um MIG-15

 Quando subiu a bordo da cápsula Vostok 1 em abril de 1961, Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem no espaço e foi alçado à condição de herói da antiga União Soviética, a personificação do triunfo da ciência da superpotência comunista sobre seus rivais do Ocidente. Assim, as circunstâncias da sua morte em um acidente aéreo em março de 1968 permaneceram décadas envoltas em mistério, mesmo após o esfacelamento da URSS. Agora, no entanto, elas foram reveladas por seu colega cosmonauta Aleksey Leonov, ele mesmo o primeiro homem a fazer uma caminhada espacial, em 1965.

MIG 15
Leonov passou os últimos 20 anos batalhando com as autoridades russas pela divulgação dos detalhes da investigação sobre o acidente, da qual fez parte. Na versão oficial divulgada então, Gagarin e o experiente instrutor Vladimir Seryogin caíram com o MiG-15 após se desviarem de um objeto voador não identificado – um balão ou um pássaro. A manobra fez com que seu avião entrasse em parafuso e os dois morreram no impacto com a terra.

- esta conclusão é verossímil para um civil, mas não para um profissional – afirmou Leonov em entrevista à rede de TV Russia Today (RT). - De fato, tudo aconteceu diferente.

De acordo com um relatório finalmente liberado pelo governo russo após os insistentes pedidos de Leonov, um jato SU-15 passou perigosamente perto do avião de Gagarin em um voo não autorizado, precipitando-o rumo ao chão. O ex-cosmonauta contou que naquele fatídico dia 27 de março de 1968 era o responsável pelos treinamentos de saltos de paraquedas. O clima estava ruim, com muita chuva, vento e neve, o que tornava impossíveis os exercícios. Enquanto esperava o cancelamento oficial do treinamento, ele ouviu o barulho de um avião rompendo a barreira do som, seguido de uma explosão um ou dois segundos depois, e então soube que algo tinha dado errado.

- Sabíamos que o SU-15 estava previsto para ser testado naquele dia, mas ele deveria estar voando a uma altitude de 10 mil metros ou mais, e não 450-500 metros. Foi uma violação dos procedimentos de voo – disse Leonov. - Depois que realizou a pós-combustão (necessária para levá-lo à velocidade supersônica) o avião (SU-15) passou perto de Gagarin, virando seu avião e assim jogando-o em parafuso, uma espiral para ser mais precisa, a uma velocidade de 750 km/h.

Leonov lembra que recebeu ordens de voltar para a base de Chkalovsky, onde soube que o avião de Gagarin deveria ter esgotado seu combustível há 45 minutos. E suas suspeitas de que um acidente tinha ocorrido foram confirmadas após informações de que um local de impacto foi encontrado perto da vila de Novoselovo.

Enterro de Gagarin e do instrutor de vôo Vladimir Seryogin como Herois do Povo 

- Enviamos uma equipe que encontrou os destroços do avião e os restos mortais de Seryogin – contou à RT. - Não foram encontrados os restos de Gagarin, só seu mapa e uma bolsa, então a princípio pensamos que ele tinha conseguido se ejetar. Enviamos um batalhão de soldados que procurou por ele na floresta a noite inteira, mas tudo que encontraram foram os restos de um balão. Só no dia seguinte encontramos o corpo de Gagarin. Consegui identificá-lo por uma mancha escura no pescoço que só tinha notado três dias antes.

Encontrados os restos de Gagarin, teve início então a conspiração para esconder que ele tinha morrido por falha humana de outro piloto soviético. Quando conseguiu colocar as mão no relatório décadas depois, Leonov encontrou várias falhas, mas a principal no seu próprio relato, que tinha seu nome, mas foi escrito por outra pessoa com os fatos mudados.

- Quando vi a cópia, de repente notei que ela colocou o intervalo entre os sons entre 15 e 20 segundos no lugar dos dois segundos que relatei. Isso sugeriria que os dois caças estavam separados por não menos de 50 quilômetros.

Com a ajuda de computadores, simulações conseguiram então mostrar como o avião de Gagarin entrou em uma espiral mortal em alta velocidade. Segundo Leonov, a passagem de um avião maior e mais pesado pelas proximidades fez com que o MiG-15 virasse de cabeça para baixo. O nome do piloto do SU-15, hoje com 80 anos e saúde frágil, não foi revelado como condição para a entrevista do ex-cosmonauta.
- Ele era um bom piloto de testes e isso não vai consertar nada – justificou


Fonte: OGLOBO.COM

quarta-feira, 12 de junho de 2013

AOS 76 ANOS, VALENTINA TERESHKOVA QUER IR PRA MARTE

Noticia muito interessante sobre a "Primeira Mulher a ir ao Espaço", a russa Valentina Tereshkova, hoje com 76 anos.


Em 16 de junho de 1963, a russa Valentina Tereshkova tornou-se a primeira astronauta de toda a história. Nesta sexta-feira, às vésperas do 50º aniversário de seu voo, ela manifestou o desejo de conhecer Marte, nem que para isso tenha que fazer uma viagem só de ida até o planeta vermelho.

"Marte é meu planeta favorito. O mais provável é que os primeiros voos para lá sejam só de ida. Estou disposta a isso", disse durante uma coletiva de imprensa na Cidade das Estrelas, um pequeno povoado a nordeste de Moscou, sede de um centro de treinamento para astronautas – ou cosmonautas, como eram chamados na antiga União Soviética.

Tereshkova, de 76 anos, lembrou que, após sua viagem histórica, trabalhou com outros cientistas no estudo de Marte. "Isso é certamente um sonho: viajar para Marte e ver se existiu vida lá. E, se existiu, por que não há mais? Que catástrofe aconteceu nesse planeta?", disse.
A cosmonauta aproveitou o pronunciamento para se colocar contra o envio de turistas para a Estação Espacial Internacional (ISS), prática que deverá ser retomada em 2015 com a visita da cantora britânica Sarah Brightman. "Na fase atual, são os especialistas que devem viajar até o espaço. Ainda há muito a estudar."


Sergei Krikaliov, chefe do centro de preparação de cosmonautas, descartou a ideia de uma missão só de ida a Marte. Segundo ele, os próximos passos da estratégia espacial russa, não contemplam o planeta vermelho, mas sim a Lua.

MISSÃO VOSTOK 6:

Durante sua viagem de 70,8 horas, em 1963, a nave soviética Vostok 6 deu 48 voltas ao redor da Terra. A bordo estava a russa Valentina Tereshkova, a primeira mulher a ir para o espaço.

Nascida em 1937, Tereshkova tinha apenas um treinamento como paraquedista amadora e trabalhava como operária em uma fábrica têxtil até ser selecionada pelo presidente Nikita Khrushchev para participar do programa espacial do país. Como não fazia parte do exército, e só foi aceita como membro honorário da força aérea, Tereshkova também é considerada o primeiro civil a participar de uma missão espacial.

Depois de sua viagem, ela continuou atuando na pesquisa e na política da União Soviética, assumindo inúmeros cargos públicos e servindo como representante do país. Em novembro de 1963, ela se casou com o cosmonauta Andriyan Nikolayev, com quem teve uma filha.
Somente 19 anos depois de sua missão é que outra mulher voltou a pisar no espaço —o que coube à também russa Svetlana Savitskaya.

Camarada Tereshkova é Homos Evolution !!!
fonte: Revista Veja / Com Agência France-Presse e EFE

sexta-feira, 17 de maio de 2013

GRAVAÇÕES MUSICAIS NO ESPAÇO

 Foi um sonho de várias artistas, tocar ou gravar uma música no espaço. A algum tempo, sabemos que alguns cosmonautas ou astronautas levavam instrumentos musicais para passar o tempo entre suas tarefas rotineiras dentro das estações espaciais ou dos ônibus espaciais ao longo dos anos. Mas uma gravação profissional mesmo, nunca havia sido oficialmente realizada.

  PROJETO "RENDEZ VOUS" - JEAN MICHEL JARRE (1986)

 Em 1986, como parte de seu álbum “Rendez Vous”, o músico francês Jean Michel Jarre, tentou levar a cabo um projeto junto a NASA (agência espacial americana), para gravar a primeira faixa no espaço. Ele que já detinha o recorde de público ao ar livre (mais de 1 milhão de pessoas na Praça da Concórdia em Paris no ano de 1979) e havia sido o primeiro músico ocidental a tocar na China, conseguiu através do astronauta americano Bruce McCandless (o primeiro homem a sair da nave sem cabo, usando uma unidade MMU (mochila espacial)), levar seu projeto junto a outro astronauta, Ronald McNair, que era um músico nas horas vagas e tocava saxofone.

 A idéia era que McNair, tocasse uma faixa no saxofone em orbita e Jarre gravasse todo aqui na Terra. Infelizmente todos sabemos que em 28 de janeiro de 1986, Ronald McNair e todos seus outros 6 colegas, pereceram na explosão do Ônibus espacial Challenger. Restou ao músico Jarre, realizar outro mega concerto em Houston, Texas, para celebrar os 25 anos da NASA e fazer 
uma homenagem aos astronautas.

 

  DUETO IAN ANDERSON (TERRA) E CADY COLEMAN (ISS-ESPAÇO) (2011) 

 Por volta de 10/04/2011, a astronauta americana Cady Coleman, fã de flauta, e o músico Ian Anderson, fundador da banda Jethro Tull, realizaram o primeiro dueto virtual espaço-Terra. Entre os poucos objetos pessoais que os astronautas podem levar à Estação Espacial Internacional (ISS), Cady optou por várias flautas, que permitiram a experiência musical.

 A peça escolhida foi "Bourree", uma das canções que o músico escocês e seu grupo tocaram durante a turnê que fizeram pelos Estados Unidos em 1969, o mesmo ano em que Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram na Lua. A astronauta gravou sua parte da peça na semana passada, enquanto Anderson fez o mesmo no fim de semana passado enquanto estava em turnê em Perm (Rússia).

 As duas partes foram editadas e o resultado está disponível em um vídeo publicado no site da Nasa. Cady e Anderson comemoraram assim o 50º aniversário dos voos espaciais e o aniversário do primeiro lançamento de um ser humano ao espaço, que transformou o cosmonauta soviético Yuri Gagarin em um mito quando em 12 de abril de 1961 orbitou a Terra.

 "Devemos lembrar que os cosmonautas, cientistas e astronautas de hoje seguem sendo os heróis que eram há 50 anos", disse Anderson, que agradeceu a oportunidade de participar deste dueto. Coleman é uma grande fã de Anderson e para sua missão de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional levou sua flauta transversal, um flautim e uma flauta irlandesa do grupo musical Chieftains. "É muito diferente tocar aqui (no espaço)", assegurou Coleman.

 

Outros astronautas também levaram flautas ao espaço, como Ellen Ochoa, que participou da missão STS-56 em 1993 e tocou uma peça musical durante um encontro com estudantes na Terra.

 John Herrington, que foi o primeiro astronauta nativo americano, também levou uma flauta de madeira em 2002 durante a missão STS-113, que foi feita à mão por um membro do Conselho Intertribal de Nativos Americanos do Centro Espacial Kennedy.

  PRIMEIRO VIDEO CLIP MUSICAL GRAVADO NO ESPAÇO (2013)

 O astronauta canadense e comandante da ISS, Chris Hadfield cantou "Space Oddity", de David Bowie, pouco antes de deixar a Estação Espacial Internacional (ISS) para o retorno à Terra, no dia 12/05/2013, depois de uma missão de cinco meses.

 Em um vídeo gravado a bordo da ISS, que se tornou popular na internet, o comandante da ISS interpreta e toca a música de Bowie. Durante a canção que dura um pouco mais de cinco minutos, o canadense se movimenta lentamente, pega seu violão que gira sobre si mesmo, toca o instrumento e observa o espaço através das janelas da ISS.
  "Com respeito ao genial David Bowie, aqui está Space Oddity, gravada na estação. Uma última visão do mundo", escreveu Hadfield em sua conta no Twitter para apresentar a canção.

 

 A voz e o solo de violão do astronauta foram registrados na ISS, mas a mixagem foi feita por uma equipe na Terra. A canção no YouTube foi vista mais de meio milhão de vezes (530.719) apenas no primeiro dia e foi citada em vários telejornais pelo mundo inteiro.

 Chris Hadfield é seguido por mais de 800 mil pessoas no Twitter, onde postou fotos e vídeos espetaculares da ISS e da vida dentro da estação espacial. O astronauta retornou à Terra a bordo de uma cápsula Soyuz, dois dias depois nas estepes do Cazaquistão, junto com o astronauta russo Roman Romanenko e o americano Tom Marshburn.

 Jean Michel Jarre, Cady Coleman, Ian Anderson e Chris Hadfield são Homo Evolutions !!!

 Fonte: Jarrefan-Brazil(Jarrefan.com.br) \ Wikipedia \ Agencia EFE \ IG \ Revista Exame(Ed.Abril)