sexta-feira, 28 de julho de 2023

Discografia completa revista - Dire Straits (1978 - 1995)




Dire Straits foi uma banda de rock britânica formada em 1977 por Mark Knopfler (guitarra e vocais), seu irmão David Knopfler (guitarra), John Illsley (baixo) e Pick Withers (bateria). Suas músicas são bastante identificadas, principalmente pelos riffs clássicos da guitarra de Knopfler e sua voz inconfundível. A banda surgiu no meio do movimento punk e do movimento disco, mas ao invés de seguir as tendências do momento, preferiram focar no rock clássico e nas letras suaves e bem tocadas, buscando nas origens do rockabille, mas também incorporando sons eletrônico sempre casandos com os instrumentos acústicos como vilão, piano e saxofone. Criaram clássicos que até hoje, não são considerados datados, mas continuam tocando nas rádios e corações do mundo inteiro como:  "Sultans of Swing", "Lady Writer", "Your Latest Trick", "Romeo and Juliet", "Why Worry", "So Far Away", "Money for Nothing", "Walk of Life", "Tunnel of Love" e "Brothers in Arms". A banda ao longo dos anos, girou em torno de Mark Knopfler, seu irmão David Knopfle, saiu durante a produção do terceiro álbum. Outros músicos entraram em saíram da banda no curto período de tempo que ela existiu, sempre com Knopfler na direção da banda, além dele apenas o baixista  John Illsley, também esteve até o fim da mesma. A banda terminou sem alardes em Junho de 1995, após Knopfler expressar não querer mais grandes turnês, partindo para um trabalho em tempo integral em material solo e trilhas sonoras de filmes, enquanto os outros integrantes partiram para carreiras distintas. Em 2018, a banda foi induzida no Hall da Fama do Rock, em Cleveland.


Dire Straits (1978) - Primeiro álbum da banda, homônimo, lançado apenas um ano após a formação, pela gravadora britânica Vertigo, e pelo selo Mercury da Warner Bros nos EUA e Canadá. É um álbum notavelmente realizado para uma estreia. Imagens dylanescas, que realçam a atmosfera esfumaçada e discreta do álbum. Nada de pós-punk ou new wave aqui, é música clássica nascendo clássica. O álbum abre com a ótima "Down to the Waterline", música que conseguiu sobreviver ao longo dos anos em coletâneas da banda e sempre lembrada por fãs. Logo de cara se escuta os riffs da guitarra de Knopfler e sua voz que se tornaria marca registrada. Era algo realmente extraordinário. O álbum ainda tem o single hit, "Sultans of Swing", que abre o lado B, uma balada bem agitada que conquista o ouvinte logo de cara. Só estas duas músicas já valem o álbum, cujas as músicas em geral, dão as caras do que esperar do Dire Straits nos próximos anos. Estreou em 5° lugar no Reino Unido e em 2° Lugar nos EUA. Sendo 1° lugar na França e na Áustria e já ganhando vários discos de ouro e platina pelo caminho. O importante notar que a estreia nos EUA, foi até melhor que no país natal, mesmo porque o rock da banda é simples, direto e bem executado com traços do country e rhythm in blues. Então acertaram em cheio o lançamento.


Communiqué (1979) - Segundo álbum do Dire Straits, repetindo o lançamento pela gravadora britânica Vertigo, e pelo selo Mercury da Warner Bros nos EUA. Se o primeiro álbum deu uma impressão muito boa a esta banda, o segundo álbum segue a mesma tendência do anterior, com os riffs característicos de Mark Knopfler. Nada de influências pós-punks ou disco, continuando com o rock básico que fez o primeiro uma boa estreia. O lado A, possui músicas muito parecidas com o primeiro álbum, "Once Upon a Time in the West" e "News", o mesmo para a faixa título "Communiqué", baladas calcadas no rock clássico sem muitas ousadias. Mas ainda no lado A, temos a bela "Where Do You Think You're Going?" que tem sobrevivido as coletâneas ainda hoje, bem como "Lady Writer", uma ótima balada, que não pode faltar nos shows da banda, com rock hipnótico , instrumentação escaldante e vocais distintos de Mark Knopfler. "Lady Writer" e "Angel of Mercy" são ambas, pegadas country, a primeira mais lenta e a segunda balada incorporando riffs meio blues de  Knopfler, já "Portobello Belle", é uma faixa mais trabalhada com ótimos riffs de guitarra , uma boa música bem construída. O álbum termina com "Single-Handed Sailor", um dos melhores riffs blues de Knopfler em todo o álbum, e finaliza com "Follow Me Home", sem fugir da pegada de todo o álbum até aqui. Então temos um segundo álbum honesto, praticamente quase igual ao primeiro, com talvez um pouco mais de riffs de Mark Knopfler, e infelizmente, o último álbum com os dois irmãos Knopfler,  David Knopfler, saiu no começo das gravações do próximo. Este álbum foi 5° lugar nos charts britânicos e 11° nos States(talvez os americanos esperavam mais), conseguindo também 1° lugar na Alemanha e na Suíça. Tido em geral como um álbum competente, mas muitos criticaram por ser muito parecido com o anterior, sem grandes inovações.


Making Movies (1980) - Terceiro álbum da banda, teve um problema no começo, quando os irmãos Mark Knopfler (guitarra e vocais) e David Knopfler (guitarra) se estranharam durante o início das gravações e David acabou abandonando a banda. Mark Knopfler, então expandiu a banda pra um quinteto: Além dele,  John Illsley (baixo) e Pick Withers (bateria), foi acrescentados também Roy Bittan(teclados) para uma nova guinada musical e Sid McGinnis, assumiu a guitarra de David. Este álbum já mostra uma guinada da banda, para apresentar algo muito mais do que as simples faixas de rock clássico. Uma mistura de raizes do rock com um tempero New Wave.  Eles buscaram refinar melhor o som do álbum com letras mais arranjadas. Claro que os riffs de Knopfler estão sempre lá, sem comprometer a qualidade, ja´ que ele é a alma da música, mas eles se permitem criar atmosferas que vão além do velho rock.  A primeira faixa do álbum "Tunnel of Love", começa com uma introdução de "The Carousel Waltz" composta por  Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, mostrando ali, que o álbum não seria copia carbono dos anteriores, esta música inclusive acabou sendo popularizada por causa do filme de Richard Gere, "A Força do Destino"(1982). Uma música linda e envolvente, uma das melhores da banda, seguindo para "Romeo and Juliet", uma linda balada romântica. "Skateaway", a música seguinte, foi também um dos singles de trabalho do álbum igual as duas anteriores, e não deixa a peteca cair. Com um ótimo lado A, que vale todo o álbum o lado B, mostra novamente a banda sem arriscar muito, parecendo que as melhores músicas ficaram no lado anterior. "Expresso Love" , é uma balada romântica com um bom toque do teclado, "Solid Rock", seria a faixa rock'n'roll, pra dizer que eles apesar de mostrar uma guinada no som, ainda toca o bom e velho rock'n'roll. E fechando com "Les Boys", que tenta resumir tudo em uma balada de pista interessante. Um veredito final, é que o álbum consegue ser superior aos anteriores, as duas primeiras faixas, se tornaram clássicos da banda, tocaram bem nas rádios e ainda mantem viva a chama de boa música. Então eles podem mirar ainda para o alto mais...e mais... Foi 4° lugar no Reino Unido e 19° nos States, mostrando que o público americano ainda merece ser melhor trabalhado.

Love over Gold (1982) - Quarto álbum do Dire Straits, pelas gravadoras a britânica Vertigo, e pela Warner Bros nos EUA. Este seria o último álbum do baterista Pick Withers. Completando a formação Hal Lindes(guitarra), John Illsley (baixo) e Alan Clark(teclado). Se o anterior, já era um começo de guinada, e foi positivo, este novo álbum foi mais além, com melodias incríveis, riffs matadores da guitarra clássica de Knopfler, longas suítes com piano e as vezes acústicas, e mais acerto nas letras. Neste álbum o ouvinte consegui sentir mudanças focadas tanto no rock progressivo, na art rock e no Jazz Rock, sem esquecer o lado country, já parte do DNA da banda. A faixa que abre o álbum é "Telegraph Road", com mais de 14 minutos (uma versão menor, é mais conhecida dos shows e coletâneas), a faixa é longa, mas não é 'empurrada', ela é realmente viajante e bem executada, e vc até esquece o tempo dela. O lado A fecha com "Private Investigations", ela começa com uma orquestração de sintetizador de alta frequência (removida das versões de coletâneas e rádio), levando a uma lenta progressão de piano acompanhando um violão clássico, seguido por vários versos falados. Só estas duas faixas, já valeriam o álbum inteiro. E se você consegue chegar até aqui, vai saber que eles realmente estão em franca evolução e fizeram seus melhores trabalhos até o momento. O lado B, começa com "Industrial Disease", uma música interessante sobre doenças de trabalho, que funciona como música de salão meio country, com riffs interessantes do Knopfler. "Love over Gold" é uma balada romântica com um efeito de guitarra interessante e "It Never Rains" é um rock de salão, com uma suite final e prolongada, que não cansa. Em outras palavras, o álbum expande seus sons e ambições, deixando o Dire Straits, junto no panteão das grandes bandas daquele período. Continuando a tendência, a banda rema com seu próprio som, sem se preocupar muito com a concorrência, e melhorando a cada disco. Passos maiores serão dados mais a frente, para uma expansão mais global. O álbum conseguiu atingir o objetivo de levar o Dire Straits ao 1° lugar no Reino Unido...mas também Austrália, Áustria, Nova Zelândia e Holanda. Mas apenas o 19° novamente nos States. 

ExtendedancEPlay (1983) - Este álbum é um EP, com apenas 4 faixas (3 no resto do mundo e 4 nos States). Uma tentativa de prolongar o sucesso do álbum anterior, lançado pela  Vertigo Records internacionalmente e Warner Bros. Records nos States, durante um hiato de 3 anos para o próximo álbum completo . O EP consiste em faixas animadas com um toque de rock and roll, jazz e swing. É o primeiro lançamento da banda com o baterista Terry Williams, que ocupou o lugar depois que o baterista Pick Withers deixou o grupo em novembro de 1982. Este álbum inicia com o single  "Twisting by the Pool", uma balada rock animada, que já se tornou um clássico da banda e vale bastante todo o EP. "Badges, Posters, Stickers, T-Shirts", que aparece apenas na versão americana, é um lado B do álbum anterior, o Love over Gold. Ela quase é um jazz nostálgico, que meio que destoa do resto do EP, aqui mais como curiosidade. As faixas "Two Young Lovers" e "If I Had You", são dois rocks de balada de salão, bem característicos da banda. Neste projeto de EP, foi bem específico pra agradar mais os roqueiros baladas e o lado dança de salão que a banda sabe fazer muito bem. O EP foi primeiro lugar apenas na Nova Zelândia, ficando em 14º no Reino Unido e 12º na Billboard americana. 


Alchemy: Dire Straits Live (1984) - Este é o primeiro álbum ao vivo do Dire Straits, aproveitando seus principais sucessos e o calor de seus shows, preparando o terreno para o quinto álbum que só iria sair em 1985. E não é pouca coisa não, pois lançamento é álbum duplo.  Lançado novamente pela  Vertigo Records internacionalmente, e Warner Bros. Records na América do Norte. São gravações e shows realizados em julho de 1983, no Hammersmith Odeon de Londres. Seguido de um lançamento em DVD. O álbum são músicas dos 4 primeiros álbuns da banda mais o EP de 1983, também com músicas da trilha sonora do filme Local Hero, na qual Mark Knopfler compôs em carreira solo. Começa bastante interessante, uma instrumental orquestrada para dar o clima inicial do show...uma introdução de "Stargazer" seguido de  "Once Upon a Time in the West" (faixas da trilha sonora do filme  Local Hero ), segue versões ao vivo bem executadas e estendidas de "Romeo and Juliet", "Expresso Love","Private Investigations" e "Sultans of Swing", tudo isto do disco 1, no disco 2 para os mais de 14 minutos de "Tunnel of Love"  e os mais de 13 "Telegraph Road", suas faixas mais conhecidas. As faixas cumprem seu papel e são estendidas lembrando que a banda ao vivo parece um Pink Floyd ou Led Zeppelin, tentando dar o máximo de experiência sonora para seu público , uma verdadeira viajada na guitarra de Mark Knopfler e no instrumental de toda a banda, em uma química perfeita. Uma pena que foram cortadas  "Industrial Disease," "Twisting by the Pool" e "Portobello Belle"... .Mas uma conclusão final é que o o Dire Straits, mesmo nestes primeiros anos, entregam um show perfeito para o que o público quer ouvir. O álbum foi 3° lugar no Reino Unido, e 1° na Holanda, mas nos States apenas a ... 46° posição..

Brothers in Arms (1985) - Quinto álbum de estúdio do Dire Straits, novamente pelas gravadoras Vertigo Records internacionalmente, e Warner Bros. Records na América do Norte. Esperava-se que após um hiato de 3 anos (com EP e ao vivo para aquecer os fãs), o Dire Straits, voltasse com algo surpreendente, pois a concorrência na época era fortíssima, principalmente por causa da banda U2. O esforço foi recompensado, já que eles conseguiram fazer sua obra-prima, melhor álbum da carreira. Os álbuns do Dire Straits escutados até aqui, temos 2 faixas de cada álbum que foram singles de sucesso, se tornaram hits ou entraram nas coletâneas e fizeram parte do repertório ao vivo da banda até aqui. Mas Brothers in Arms vai além de tudo. As faixas  "So Far Away", "Money For Nothing", "Walk of Life" e "Your Latest Trick", que são reconhecidas e consideradas algumas das melhores músicas da banda e que tocam nas rádios até os dias de hoje. E isto sem abandonar o estilo que consagrou a banda, sendo que o mega-hit "Money For Nothing", mostra uma faixa bem voltada ao hard rock/metal, o que só fez a banda ganhar novos fãs, inclusive eu quando escutei pela primeira vez nos programas de clips da TV e na rádio. E "Your Latest Trick", uma lenta romântica com um saxofone maravilhoso, é cantarolada facilmente por muita gente e eu considero a música mais maravilhosa desta banda até hoje. E um detalhe interessante, a belíssima "Why Worry",  não foi single, mas fez muito sucesso no Brasil em 1985, por ser tema de novela da Globo e tocou bastante nas rádios. Pra fechar, o álbum ainda tem outra música sensacional e belíssima, a homônima "Brothers in Arms". Com 6 faixas hit makers neste álbum, quase uma coletânea, ainda possui 3 faixas inéditas pouco conhecidas, que são complementares e interessantes: "Ride Across The River", bem estilo jazz,  "The Man's Too Strong"  bem ao estilo blues e "One World" o seu clássic rock/country. E o importante lembrar aqui que a versão CD possui músicas mais estendidas que a versão em LP. A espera pelo sensacional lançamento foi recompensada. Finalmente o Dire Straits atingiu o primeiro lugar não apenas no Reino Unido e conquistou os EUA, mas também na Alemanha, Holanda, Austrália, Áustria, Canadá, França, Suécia , Nova Zelândia e outras partes do mundo...Fazendo a banda ganhar dezenas de Discos de Platina e Diamante por todo o planeta. Um dos melhores álbuns dos anos 80 e um dos melhores de todos os tempos.  Simples assim. Um legado para uma banda que batalhou muito pelo sucesso e chegou ao patamar, com produção caprichada.

Money for Nothing (1988) - Primeira coletânea oficial do Dire Straits. Na espera que levaria longo 6 anos, para o próximo álbum, a gravadora Vertigo Records internacionalmente, e Warner Bros. Records na América do Norte, colocou no mercado um Best of, para fãs sedentos de muita música boa. Foram escolhidas 11 faixas (sendo 13 na versão CD), sendo que "Portobello Belle (Live) (Alternative outtake)" e "Where Do You Think You're Going? (Alternative mix)" são versões diferentes, e que teve boa aceitação. Todos  os álbuns e o EP, estão aqui representados com o melhor do Dire Straits. Este álbum em sua versão fita K7, foi um dos primeiros discos de rock que ganhei na vida. E foi bastante apreciados pela minha mãe que passou a adorar a banda também. Aqui mostra os diferentes estilos da banda sem muito fugir da sua proposta classic rock, mas sem soar datada. Foi 1º Lugar no Reino Unido , França e Suécia. Nos States, apenas a 62º posição.

On Every Street (1991) - Sexto álbum de estúdio do Dire Straits lançado pela Vertigo Records internacionalmente, e Warner Bros. Records nos EUA. Com o line up da banda formado por  Mark Knopfler, John Illsley, Alan Clark and Guy Fletcher. Seis longo anos depois do mega sucesso do álbum anterior, era muita responsabilidade deles repetir o sucesso para retornarem ao topo. Uma espera longa depois de um estouro sensacional, se esperava pelo menos discos a cada dois anos...mas.... Aqui temos um álbum maior que o habitual, pois os anteriores era muito voltado ao LP, e agora estamos na era digital do CD. Portanto mais tempo e mais músicas. Seguimos então...é um disco novamente na qual escutamos o velho estilo do Dire Straits de sempre. Eles nunca mudaram. Músicas que se baseam bastante nas raízes do rock, como jazz, blues, rhythm in blues , Country e rock clássico, com pitadas modernas de sintetizadores no modo mais clássico. O álbum se inicia com "Calling Elvis", uma música que se baseia na teoria dos fãs de que Elvis Presley está vivo, cantada de forma pausada, meio blues...interessante. "On Every Street", lenta no piano, meio blues também, tenta pegar carona nos sucesso do passado.  "When It Comes to You" Country music que chegou a ser regravada por outros artistas countrys. "Fade to Black", lenta com pegada blues, tenta ser meio um Brothers in Arms disfarçado, com aqueles riffs do Knopfler..."The Bug", outra Country e muito balada de salão, alias, bem melhor construída que a anterior. "You and Your Friend", tem uma linha de guitarra bonita do Knopfler e é bastante chorada blues..."Heavy Fuel", a melhor música do álbum, a que eu lembro que tocou bastante em rádio e depois foi incluída em coletâneas posteriores, ela é muito rocker bem ao estilo da banda. "Iron Hand" é uma música Country-Blues lenta, "Ticket to Heaven", um Country rock tradicional ao estilo Johnny Cash com direito a piano clássico, "My Parties" uma balada lenta rock de salão com boa pegada com gaita, "Planet of New Orleans" é a melhor música do álbum, nunca tinha ouvido, não é exatamente um blues típico de New Orleans, como o título dá a impressão, é uma faixa muito ao estilo do Pink Floyd, uma longa suíte com a guitarra de Mark Knopfler no lugar do Guilmour, só ela já valeria o álbum inteiro  e a última faixa, "How Long" não deixa de ser outro Country ao estilo de Nashville bem na pegada de Willie Nelson, com Knopfler, tocando um violão acústico, talvez o melhor Country deste álbum. Enfim...o álbum On Every Street, retorno do Dire Straits após 6 anos, não consegue superar o imbatível álbum Money for Nothing de 1988, mas ainda sim é um bom álbum em geral. Uma pena que foi o último da banda...pelo menos até agora...mas fazem décadas que foi lançado..:(. Foi muito bem recebido, primeiro lugar no Reino Unido e também na Austrália, Áustria, França, Alemanha, Holanda, Nova Zelândia e Suécia e ficou ainda em 12° nos EUA.

On the Night (1993) - Segundo álbum ao vivo do Dire Straits, lançado pela Vertigo Records internacionalmente, e Warner Bros. Records nos EUA. Gravado de um show de 1992, aproveitando a turnê do álbum "On Every Street". Começa com "Calling Elvis", estendendo ela do meio para o final com riffs de guitarra conquistando a plateia ja na música inédita do último álbum, de aproximadamente  10 mim, segue para o hit "Walk of Life", com uma interpretação interessante que agradou o público, segue para "Heavy Fuel" , o último grande hit da banda do último álbum. Com o público tomado vem uma linda versão estendida de "Romeo and Juliet", com os acordes da guitarra quase infinita de Mark Knopfler, "Private Investigations" e "Your Latest Trick", completam os hits , mas última que é uma das mais lindas criadas pela banda, poderia ter uma versão maior no show. Segue então mais duas faixas do novo álbum  a homônima "On Every Street" e "You and Your Friend". Reconquistando o publico com o mega hit "Money for Nothing" (parceria com o Sting do The Police) e fechando com a sensacional "Brothers in Arms". Então, pode se dizer a banda ao vivo chega a ser até melhor que no estúdio, pois eles fazem um ótimo trabalho ao vivo e entregam aquilo que os fãs esperam e muito mais. É bom dizer que o álbum ao vivo não foi duplo, mas simples, mas rendeu um EP no mesmo ano chamado Encores, com mais 4 faixas, "Your Latest Trick" (uma versão um pouco maior), The Bug", "Solid Rock" e "Local Hero (Wild Theme)" , uma música instrumental linda. Este álbum ficou em 4° no Reino Unido, 1° na França e Áustria e apenas...116 nos EUA. 


Live at the BBC (1995) - Terceiro álbum ao vivo do Dire Straits, lançado pela Vertigo Records internacionalmente, e Warner Bros. Records nos EUA. São compostas por gravações na rádio BBC, em 1978 e 1981. Tipo uma raridade de gravação. Segundo Mark Knopfler, foi lançado para fechar contrato, já que ele iria assumir definitivamente a carreira solo e o Dire Straits estava acabando naquele ano.  O que esperar de um material antigo gravado no início de carreira banda ? Em se falando em Dire Straits, tudo...não é material caça-níquel definitivamente. É algo de grande qualidade, pois mostra que a banda ao vivo (mesmo que gravado dentro de estúdio da BBC), é ótima. Seguindo a moda iniciada pelos Beatles, de lançar suas gravações e participações na BBC, este material aqui está muito bem coeso mostrando aquilo que se espera de uma banda...Clássicos como "Down to the Waterline", "Water of Love" e "Sultans of Swing", dão um tom de destaque a este show. E ainda "Tunnel of Love", gravada de outra sessão em 1981, tem uma introdução linda usando trechos de The Carousel Waltz" composta por Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, talvez a melhor faixa do álbum e ainda um bonus interessante:  "What's the Matter Baby?", é uma faixa inédita matéria excluído dos primeiros álbuns, foi escrita em conjunto pelos irmãos Knopfler  David e Mark, bem interessante. Infelizmente, foi o último álbum lançado da banda (inédito mesmo só o On Every Street de 1991). Pouco depois deste lançamento Mark Knopfler anunciou o fim do Dire Straits :(

 

Conclusão: Dire Straits, surgiu em um momento em que o rock estava enfrentando uma mudança muito forte que influenciaria pra sempre o movimento da música pop, principalmente por causa do punk e da disco, dos movimentos de pós-punk, new wave, rock gótico, declínio do rock progressivo constante rivalidade dos artistas no período 70 e 80. Mas, eles chegaram com sua música simples, tocando um rock clássico básico, com elementos de blues e  country music, mas ao mesmo tempo, levando a uma pegada mais pop, com alguns elementos sutis de música acústica com eletrônica bem diluída. Os riffs de guitarra de Mark  Knopfler,  cativaram mais ainda e cada álbum mostraram que simplicidade e organização, não custa nada a ninguém e chegaram ao mainstream facilmente. É balada ou música lenta, romântica ou um pouco de hard rock, eles conseguiram conquistar um público fiel no mundo inteiro. Eu realmente amo esta banda, não superam The Beatles ou Pink Floyd, mas são muito melhores que o Led Zeppelin, por exemplo ou mesmo The Who e até os Rolling Stones. Uma pena que Mark Knopfler, tenha parado com a banda em 1995, para focar em sua carreira solo, na qual alias, não existe muita distinção. 


Nota para banda :  5 de 5

Nota para Composições: 5 de 5