terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Aphrodite's Child (1967 - 1972)

 


Aphrodite's Child foi uma banda de origem na Grécia, mas radicada na França(com gravações no Reino Unido), que variou entre o rock e pop e posteriormente o rock progressivo e psicodélico em uma curto período de tempo, composta por artistas que posteriormente se tornariam famosos em suas carreiras solo, como o multiinstrumentista e compositor Vangelis e o cantor e baixista Demis Roussos, composta ainda pela baterista Loukas Sideras e  pelo guitarrista Argyris Kouloris em algumas gravações. Mesmo em seu curto período, a banda foi capaz de lançar singles que foram sucesso não só na Europa mas em várias partes do mundo. O grupo começou quando dois músicos gregos, Vangelis e Roussos já tocavam em outras bandas de rock de seu país, "Forminx" e "Idols" respectivamente, resolveram se juntar e montar nova banda com a inclusão de Sideras e Kouloris. Sua primeira gravação como banda foi para o álbum In Concert and in Studio de George Romanos, onde tocaram quatro músicas e foram creditados como "Vangelis and his Orchestra". No mesmo ano, eles gravaram uma demo de duas músicas e a enviaram para a Philips Records. Provavelmente foi ideia de Vangelis que a banda ainda anônima fosse transferida para Londres, que seria um ambiente mais adequado para sua música, já que seu país havia entrado em uma ditadura militar de direita em 1967. Esta decisão, no entanto, não foi isenta de problemas. Koulouris teve que ficar na Grécia para cumprir o serviço militar, enquanto a banda, a caminho de Londres, ficou presa em Paris, em parte porque não tinham as autorizações de trabalho corretas e em parte por causa das greves associadas aos acontecimentos de maio de 1968. Eles optaram pro gravar suas músicas em inglês para atingir um mercado mais global.

Em Paris, a banda assinou contrato com a Mercury Records(hoje subsidiária da Universal Music) e foi batizada de "Aphrodite's Child" por Lou Reizner, lançando seu segundo single "Rain and Tears", uma reformulação do Canon em Ré maior de Pachelbel. Com esta música a banda se tornou uma sensação da noite para o dia na França e em vários outros países europeus onde o single teve bom sucesso, apesar de a música ser cantada em inglês. Vendeu mais de um milhão de cópias e ganhou um disco de ouro. Com o caminho aberto, conseguiram contrato pra gravar seu primeiro álbum, seguido posteriormente de mais dois (inclusive um duplo), até que as tensões internas dos seus membros e indiferença da gravadora com seu último trabalho, fizeram a banda ser dissolvida e cada um seguir seu caminho solo a partir de 1972.



End of the World

(1968) - Álbum de estreia do Aphrodite's Child, lançado pela  Mercury Records e gravado no Philips Studio em Paris, França. Foi uma boa estreia para um grupo desconhecido. Principalmente pelo hit "Rain and Tears". A capa tem uma foto meio psicodélica com fotos dos membros do grupo destacando o nome e o single principal, que havia estourado. O início é com "End of the World", musica que dá nome ao álbum, que fala de um convite de um cara a uma moça pra fugirem até o fim do mundo. Ela começa com sons meio estranhos, mas vai ganhando um ar melódico na voz bela de Roussos, enquanto um clima melancolico  é criado por Vangelis com a bateria suave de Sideras.  A música seguinte é "Don't Try to Catch a River", aqui tem um rítmo mais balada rock 60, nada diferente pra época, mas dá uma boa agitada. "Mister Thomas", é um tipo de música contada em forma de estória sobre com fundo psicodélico de um tal de Mr.Thomas, aquele que não é jornal, mas para o contatante...uma boa notícia...Segue o hit/single "Rain and Tears", a música que ajudou a vender o álbum, já que foi o single de estreia que se tornou n°1 na França, Bélgica, Itália, Norueta...Indonésia e atingou o Top 30 no Reino Unido. A música que posteriormente foi até aproveitada por Roussos em seu repertório solo até o fim da vida e chegou a ser regrava algumas vezes, o maior sucesso da banda, é uma balada pop romântica mostrando os atributos vocálicos de Roussos e que fariam dele uma das maiores vozes da música. "The Grass is No Green", começa com um clima frio com teclados psicodélicos e voz quase vocalizadas de Roussos, passando para uma balada rock lenta com letras lisérgica, e logo muda para um rítmo mais rápido e cadenciado e vai variando até o final. "Valley of Sadness", tem em estilo romântico parecido com as bandas dos anos 60, com a belíssima voz de Roussos e uma pegada mais rock no final. "You Always Stand in My Way" tem uma pegada mais rock progressivo e mais pesada, com Roussos fazendo o uso de sua voz ao estilo parecido com Ozzy Osbourne e mais pro final os metais se intensificam. "The Shepherd and the Moon" parece uma balada mais oriental talvez com influências das músicas do oriente médio e em determinado momento Roussos troca a melodia por falas pra recomeçar novamente a música no mesmo rítmo inicial. "Day of the Fool" que fecha o álbum, é uma balada com um lindo clima criado por Vangelis com seus teclados primitivos, mas logo a melodia se transforme em um pouco de cacofonia para voltar a melodia, ainda com uma criação melódica étnica das canções do oriente próximo, são mais de 5 minutos de música, com um final saíndo do poético pra mais pesado com a percussão de Sideras e o clima mais sinistro de Vangelis. Em uma vista geral este primeiro álbum contem uma quantidades iguais de canções pop psicodélicas e baladas no estilo Procol Harum ou The Moody Blues. Não se deixem enganar pelo single arrebatador de "Rain and Tears", possivelmente presente no álbum por pressão da gravadora, mas ele completo mostra uma banda que viaja bastante no progressivo/psicodélico deixando o pop diluído no meio de tudo isto. Mas puxado pelo primeiro single, foi um sinal verde para um próximo álbum...



It's Five O'Clock (1969) – 2° álbum de estúdio da banda grega radicada na França, Aphrodite's Child. Aqui eles conseguem a proeza de gravarem o mesmo em Londres. O álbum começa com a faixa homônima "It's Five O'Clock, uma bonita balada na mesma linha do single "Rain and Tears" do álbum anterior, com destaque sempre para a brilhante voz de Roussos e a música de Vangelis. "Wake Up", a próxima música, tem um apelo mais pop/rock não difereciando muito das baladas rock dos anos 60. "Take Your Time", tem uma pegada anos 50 meio country e rhythm and blues bem interessante. "Annabella" uma música romântica com letra psicodelica muda de tom rapidamente e assim é a variação até o fim, com a tentativa de se criar um fundo musical que imita o mar, bem interessante, mas bastante datado para os teclados do Vangelis na época. "Let Me Love, Let Me Live", baladinha rock'n'roll comum dos anos 60, com boa pegada na bateria de Sideras. "Funky Mary" música de mais de 5 minutos com várias experimentações e percussão avançada e cantada sem muitas pretensões, bastante hippie. "Good Time So Fine" um rock mais robusto e interessante que as vezes lembra os Beatles na sua fase lisérgica final. "Marie Jolie", deliciosa e despretenciosa canção romântica na bela voz de Roussos. "Such a Funny Night", para surpresa de todos, é uma música despretenciosa e psicodélica instrumental da banda que fecha o álbum. Um veredito final é que existe poucas surpresas neste álbum, se foi pra tentar repetir o anterior  progressivo/psicodélico, deixou a desejar um pouco, faltou um 'tempero novo' nele. Mas por incrível que pareça, a banda já tinha conquistado fãs no disco anterior e este foi bem recebido também, foi 1° Lugar na França(com direito a disco de Ouro) e 6° na Itália. O certo é que se pensa que a banda poderia construir algo muito maior e melhor do que se repetir...




666 (1972) - 3° e último álbum do Aphrodite's Child também produzido pela Mercury.  Neste período os artistas da banda Demis Roussos e Vangelis já estavam  lidando com seus próprios materiais solos o que fez com que o início de produção deste album tivesse um atraso. Os artistas queriam algo que fosse inovador e foram autorizados pela Verdigo Records a gravarem um álbum duplo conceitual baseado...no Apocalipse da Biblia e em um livro sobre a "besta". O álbum foi gravado entre os anos de 1970 a 1971 e lançado apenas em 1972. As músicas do álbum formam uma narrativa não linear ao estilo de álbuns conceituais como  Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles e Tommy do The Who. O conceito central é uma interpretação contracultural do Livro do Apocalipse, em que um espetáculo de circo baseado no apocalipse é apresentado para um público ao mesmo tempo em que o verdadeiro apocalipse acontece fora da tenda do circo, e no final os dois se fundem em um único evento. Neste álbum além de Roussos/Vangelis e Sideras, temos a inclusão do guitarrista original da banda, Silver Koulouris, que após servir o exercito finalmente estava livre para ir ao estúdio gravar com os companheiros algo que infelizmente o fez ficar de fora dos álbuns anteriores. A banda começou a gravar o álbum na França em 1970, mas estouraram o orçamento e tiveram problemas com a gravadora. Houve muita tensão em estúdio entre Vangelis, e o resto da banda que queria permanecer com algo mais pop e comercial. Após a conclusão do álbum, a Mercury Records recusou-se a lançá-lo, objetando ao seu material não comercial e em particular à música "∞".Em 1971, a banda organizou uma "festa de aniversário de um ano" no Europa Sonor, para protestar contra o não lançamento do álbum. O pintor surrealista espanhol Salvador Dalí esteve presente na festa e ouviu o álbum. Dalí ficou muito impressionado com o trabalho, afirmando que o lembrava da Sagrada Família. E no meio de tudo isto, a banda acabou se separando sendo que cada um dos integrantes lançaram seus próprios álbuns solos. Finalmente em 1972, o álbum foi lançado com a banda já ter se debandado...Para a audição deste álbum é necessário tentar criar imagens na cabeça, mas imagina algo entre um circo ou parque de diversões com a temática apocaliptica. Não sei o estado lisérgico da cabeça destes caras (em especial Vangelis, que aqui praticamente além de compor comanda tudo). Meio que os outros membros foram meros auxiliares musicais ou musicos contratados. Nem Roussos comanda o vocal na maioria das faixas que é uma combinação de artistas convidados e faixas apenas instrumentais.
Lado 1
O álbum conceitual começa com uma faixa pequena e introdutoria chamada "System", com um coro que lembra uma opera cantando algo como 'foda-se o sistema'uma letra  inspirada no panfleto de Abbie Hoffman, apenas prepara o público para  "Babylon", faixa interessante com uma pegada progressiva, que lembra bastante Sgt.Pepper's dos Beatles, a música de rock acústico com um riff de guitarra enérgico, e as letras apresentam o tema apocalíptico, referindo -se à queda da Babilônia, o Grande do Apocalipse 18.  "Loud, Loud, Loud" tem uma pegada mais lenta quase falada que combina um vamp de piano de dois acordes de Vangelis com a narração de Daniel Koplowitz. O título é cantado por um coral, que não é creditado no álbum. A narração reflete um espírito de otimismo contracultural, falando de "O dia em que os jovens param de se tornar soldados/e soldados pararão de jogar jogos de guerra". Segue "The Four Horsemen", com uma pegada lisergica pois altera entre a balada lenta com mais rápida com muita bateria e guitarra além de sentir uma parte orquestral e a música lida com os quatro cavaleiros do Apocalipse, suas letras parafraseando o texto do Apocalipse 6. A estrutura da música é marcada por um contraste dinâmico, com Roussos cantando sobre um drone de teclado ecoado ecoado nos versos, a música culmina em um solo de guitarra de dois minutos de Koulouris sobre bateria pesada de Sideras e um repetido canto de fundo "fa fa fa" de Roussos. Não preciso dizer que esta música é a melhor do álbum e influciou outras bandas...como The Rolling Stones...."The Lamb", é uma faixa instrumental influenciado pela música, com cantos vocais seguindo a melodia principal. "The Seventh Seal" uma faixa instrumental com uma melodia repetida de teclado e instrumento de cordas e narração com compensação britânica de John Forst, descrevendo o cordeiro que abriu o último dos sete selos, novamente com base no Apocalipse 6.
Lado 2
"Aegian Sea", uma faixa instrumental calma, com um ambiente meio jazz, bastante interessante pois lembra futuras composições de Vangelis como por exemplo algo como "Memory of Green" do álbum Blade Runner, a faixa se torna depois mais progressiva a medida que avança e do meio pra frente apresenta voz cantada de forma distorcida. um instrumental com outro solo de guitarra de Koulouris, trabalho de teclado elaborado de Vangelis e vocalização sem palavras.  A narração de John Forst é incluída sob o solo de guitarra de Koulouris, reafirmando a quebra dos dois selos em "The Sétimo Selo" na primeira pessoa e apresentando três repetições da frase "eles não sofrerão mais de fome, eles não vão Mais sofre de sede ". A narração de Forst é desacelerada em arremesso e levada ao canal estéreo direito, com o Echo sendo ouvido no canal esquerdo. Segue com "Seven Bowls" que tem uma introdução que tenta criar por exemplo, uma cavalgada e fica mais sombria com um texto adicionado em forma de contagem. A faixa é uma peça de efeito sonoro no qual um coro narra os efeitos das sete tigelas (mudando o eufrato secando e terremoto das duas últimas tigelas para as estrelas que saem e o ar transformando -se em veneno), que, por sua vez, crossfades no instrumental misterioso seguinte "The Wakening Beast", que por sua vez é outra faixa instrumental estranha, curta e sombria, que usa sinos de vento revertido.  "Lament", parece uma música de lamentação e começa com uma nota de vibrafone repetida interpretada por Vangelis, seguida por Roussos cantando um lamento por "The Human Race" em um apoio mínimo. Vangelis fornece vocais de apoio adicionais, que refletem seu interesse na música bizantina. As próximas faixas seguintes, é um ponto interessante de mudança, "The Marching Beast" é uma instrumental com sons tentando recriar um ambiente árabe/oriental, algo que já foi tentado em álbuns anteriores pela banda e trata-se de uma peça instrumental com uma melodia repetida tocada em guitarra, baixo e saxofone, com um arranjo gradualmente em desenvolvimento que inclui um solo de piano e uma flauta influenciada por Jethro Tull. As duas faixas seguintes "The Battle of the Locusts" e  "Do It" são hard rocks com batidas de bateria e guitarra muito bem cadenciadas o que até surpeende pela época, uma influência grande para o heavy metal/hard rock. Ambas faixas começam com Forst recitando seus títulos e são tocados em um formato de trio de poder, com intrincados solos de bateria e guitarra rápida. O título de "Do It" vem do livro de Jerry Rubin Do It!: Cenários da Revolução. "Tribulation" curta faixa estranha experimental e até meio engraçada com uma influência no jazz com introdução de um saxofone. "The Beast" que apesar do nome, não é uma faixa sombria, mas uma música satírica para a surpresa dos ouvintes, que esperavam algo mais denso. É a primeira música com os vocais principais de Loukas Sideras, que canta "Quem pode lutar com a besta?" na voz dele normal e "ela é grande/é ruim/é perversa/é triste" em uma voz mais baixa e mais baixa. A música apresenta um ritmo e a experimentação de estúdio influenciados pelo funk, com o primeiro golpe dos versos que o reverb de placa se aplica a ele. Durante a gravação, Vangelis tinha um microfone para dirigir a banda, e a mistura final da música inclui alguns de seus comentários rítmicos de canto e estúdio. Ele diz PAME! ("Vamos lá!") Perto do clímax da música, e Teliounome Edho Pera, Etsi? ("Estamos fechando aqui, lembra?") Na medida final da música. "Ofis", faixa curta é um breve interlúdio no qual Yiannis Tsarouchis recita uma linha da peça de fantoche das sombras Alexandre, o Grande e da Seda Serpente com Slapback Echo, aplicado à sua voz. A linha, Exelthe Ofi Katiramene, Dhioti e Dhen Exelthe Essey, que Exelthe Ego! Ou! Ou! Ou!, Se traduz em "sair, amaldiçoar serpente, porque se você não sair, eu farei você sair!".
Lado 3
 "Seven Trumpets" que continua como uma narração dramática que serve para introduzir "Altamont". O Head Heritage o interpretou para representar o momento em que a "cortina da realidade" é destruída, e, portanto, o apocalipse real e o show de circo apocalipse começam a se entrelaçar conforme o conceito de Ferris. Então  "Altamont", faixa com uma batida forte que no final deixa a instrumentação para  introduzir uma voz de discurso, contém um ritmo repetitivo influenciado pelo funk, Roussos Scatting junto com a linha de baixo, vibrafone de Vangelis e uma clarineta adicional por halkitis. A segunda metade da música introduz narração adicional, referindo -se às imagens das músicas anteriores e descrevendo a visão do apocalipse como "as imagens do que era, do que é, do que está por vir". Uma das linhas da narração: "Somos as pessoas/as pessoas rolantes". "The Wedding of the Lamb", mais uma faixa instrumental com uma pegada árabe/oriental, praticamente se conectando com o final da música anterior. O instrumental, por sua vez, crossfades em "The Capture of the Beast"", um solo de tambor de Sideras que faz uso pesado de instrumentos de TOMS e percussão, realizada sobre os drones e efeitos do teclado de Vangelis. As músicas são ligadas por breves linhas faladas recitadas de maneira que anunciam seus títulos. Chegamos a  "∞" (ou infinito), é uma das mais polêmicas, pois trata-se de uma música cadenciada com um possível orgasmo feminino, que de tão louco deixa todos atônitos, ela consiste na atriz grega Irene Papas cantando "Eu estava, eu estou, estou por vir" sobre uma faixa de percussão esparsa, gradualmente se formando em um frenesi orgásmico. Vangelis descreveu a faixa como transmitindo "a dor do nascimento e a alegria da relação sexual". Mas a improvisação de Papas foi escolhida porque causou uma impressão mais forte, a faixa por sua vez seria uma  "cacofonia aumentada" que marca a progressão em direção ao apocalipse. "Hic et Nunc" tem novamente uma pegada Beatles pós-Sgt Peppers, bem psicodélica que faz dela uma música pop animada com piano em fases, saxofone e voz de Michel Ripoche, uma multidão cantando "Aqui e agora!" no refrão, uma reutilização do efeito sonoro do público de "Babylon" e o canto "We got the system to fuck the system" de "The System" durante o solo de piano de Vangelis, prenunciando a "montagem" final.
Lado 4
"All the Seats Were Occupied" - Faixa grande bem cacofônica e lisérgica com misturas de ritmos na base do experimentalismo ou parecendo com os primeiros trabalhos do Pink Floyd.Ela começa como um instrumental lento influenciado pelo raga antes de incorporar outros gêneros como o funk e culminar em uma "montagem" de música concreta. E incorporta samplers de outras faixas do álbum.A frase "todos os assentos estavam ocupados" foi retirada de um registro de ensino de inglês da BBC. A música termina com um final caótico e uma amostra do gemido de dor de Papas em "∞". Então finalmente chegamos a "Break", uma faixa bem pop/rock dos anos 60 no estilo Beatles, a música é uma balada cantada por Sideras, acompanhada por piano e órgão. Vangelis canta backing vocals, com o objetivo de tirar sarro do clima dramático da música. Ela finaliza com uma euforia melancôlica e termina com um acorde de piano e órgão, seguido após 6 segundos de silêncio por uma amostra de Forst dizendo "Do it!", Som final do álbum.
Embora a Melody Maker tenha afirmado que "Break" "poderia facilmente ter entrado nas paradas se tivesse sido lançado como single", nem o álbum nem o single tiveram sucesso comercial no lançamento, o álbum não conseguiu entrar nas paradas e o single apenas entrou no Paradas holandesas em 24º lugar. Dois anos depois, Vangelis disse que o álbum vendeu bem nos Estados Unidos. Mas o tempo mostrou qeu o álbum havia se tornando cult para vários artistas e fãs futuramente. A impressão que fica deste álbum conceitual é mostrar que eles eram músicos que não se importavam com o mainstream ou que as gravadoras queriam, por ser algo "não comercial". Minha crítica final é que apesar de ser bastante interessante, muita coisa nele não me agradou, mas outras, dá pra ver que Vangelis queria seguir um caminho novo na carreira e isto é positivo. Eu posso chama-lo de...anti-album e por sua vez 666 é um album de rock progressivo/psicodélico com uma mistura de art-rock.



Conclusão: Apesar de sua curta existência e da falta de singles de sucesso fora da Europa, a banda ainda é considerada cult para apreciadores de rock progressivo. O álbum 666 é frequentemente considerado sua obra-prima, além de ser um dos primeiros álbuns conceituais do rock. O álbum chamou a atenção de muitos músicos do rock progressivo, incluindo o vocalista do Yes, Jon Anderson, que mais tarde colaboraria com Vangelis (como Jon e Vangelis). Bandas contemporâneas de rock progressivo como Astra também citaram a banda como uma influência. Também não devemos esquecer que tanto o vocalista Demis Roussos(1946 - 2015) quanto o tecladista Vangelis (1943 - 2022), conquistaram fama gigantescas em volta do globo, devido a suas próprias carreiras solos.

Composições :  3 de 5

Artistas:  4 de 5






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