Como uma Unidade de Carbono deste ponto do pálido ponto azul
chamado “Brasil”, sou um entusiasta do Programa Espacial Brasileiro e tenho um
sentimento de orgulho para com o meu país. Torço para que o Brasil venha ter
algum dia um Programa Espacial coerente, progressivo, dinâmico e independente.
Quando criança, lá nos anos 80, na época em que o regime militar ainda mandava
no país, me lembro de ter visto várias matérias sobre os incansáveis cientistas
civis e militares brasileiros da Aeronáutica, que lutavam para colocar em
orbita o primeiro satélite brasileiro fabricado no país, através de um
propulsor também brasileiro lançado de uma base brasileira. Infelizmente,
devido a vários percalços, como verbas minguadas, desinteresse governamental,
falta de apoio político e da sociedade e por fim, embargo de potências
estrangeiras, o PEB (Programa Espacial Brasileiro), não saiu bem como devia ter
sido e hoje após três tentativas frustradas de lançamento do VLS (Veículo
Lançador de Satélites), sendo que a última vitimou boa parte da equipe de
brilhantes cérebros do Brasil na área espacial, estamos totalmente estagnados e
sem qualquer perspectiva, e vivendo de falsas promessas.
Como solução para
o programa espacial, foi assinado durante o Governo Lula, um acordo com a
Ucrânia, para criação de uma empresa binacional chamada Alcântara
Cyclone Space (ACS), o que poderia ser uma ótima oportunidade se a mesma
não fosse utilizada durante quase 6 anos como cabide de emprego por um
ex-ministro do governo, que colocou seus amigos e parentes e cujo dinheiro
investido (milhões de dólares) ter sido usado para quase nada ou para ajudar os
ucranianos a desenvolverem os propulsores deles sem qualquer envolvimento de
cientistas brasileiros e sem que possamos ter acesso à tecnologia desenvolvida.
Para piorar, o propulsor proposto para o foguete Cyclone-4, será um
motor-foguete movido a combustível líquido no qual se usa a famigerada
Hidrazina, um combustível altamente tóxico, cujo efeitos a médio e longo prazos
são difíceis de serem dimensionados, mas que certamente deixarão a população da
região a mercê de graves problemas de saúde afetando significamente também a
fauna e flora da região, sem contar o grande risco de acidentes, que poderia
levar o país ao mais grave acidente com vitimas de toda história da
Astronáutica mundial, já que a capital do estado do Maranhão, São Luis,
encontra-se a 50 km
em linha reta da base de onde será lançado esse trambolho tóxico
ucraniano.
Quanto ao nosso
verdadeiro programa espacial, o qual no papel deveria seguir com a
reestruturação do VLS e a criação de uma nova família de veículos lançadores
nacionais, o mesmo vem caminhando a passos de tartaruga há quase 10 anos sem chegar
a lugar algum, motivado principalmente pela falta de foco do último e do atual
governo que preferiram apoiar o projeto da ACS. ABSURDO TOTAL !!! Nossos
cientistas que durante anos trabalharam no programa espacial já não sabem mais
o que fazer, a não ser ficarem parados esperando que o pior aconteça, isto é, o
cancelamento do nosso programa espacial em prol do Acordo com a Ucrânia.
A ACS vai utilizar
tecnologia ucraniana para lançar foguetes a partir de uma base brasileira.
Porém, o Brasil tem uma ambição maior: lançar um satélite 100% brasileiro, a
partir de um foguete igualmente nacional, de uma base dentro das fronteiras do
Brasil. O país, contudo, ainda enfrenta grandes dificuldades para conquistar
esse objetivo depois do trauma vivido em 2003. Na ocasião, a explosão de um
foguete na base de Alcântara provocou a morte de 21 pessoas e a destruição da
torre de lançamento no Maranhão. O acidente esfriou os investimentos no setor e
fez com que o programa espacial fosse repensado.
Convido então aos leitores a assinarem uma
petição pública que apresenta sugestões de mudanças nesse acordo ou o destrato
incondicional do mesmo, numa iniciativa de vários membros da sociedade e
pessoas ligadas ao programa espacial brasileiro, com ajuda do Blog : Brazilian
Space
EVOLUA HOMO SAPIENS...Assinem a petição:
Petição Pública da ACS - Mudanças Já ou o Destrato do Acordo
Nenhum comentário:
Postar um comentário